O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi inocentado pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. A sessão aconteceu nesta quarta-feira (29) e julgou que a atitude do parlamentar não feriu o decoro parlamentar. Dez votos foram pela absolvição do parlamentar; sete a favor e cinco abstenções. Se não houver recurso do PSOL, que moveu a ação, o processo será arquivado.
Bolsonaro respondia por três processos: no primeiro ele era acusado de ter ofendido a senadora Marinor Brito (PSOL-PA) durante a Comissão de Direitos Humanos do Senado, que discutia o PLC 122/06; o segundo processo dizia a respeito a um panfleto que atacava o "Kit Escola Sem Homofobia" – na acusação, dizia-se que Bolsonaro tinha utilizado dinheiro público para produzir o material; e o terceiro processo dizia respeito à entrevista do parlamentar ao programa "CQC", onde ele ofendeu a cantora Preta Gil e era acusado de racismo.
O líder do PSOL na Câmara, Chico Alencar (RJ), disse que o partido não vai recorrer da decisão, mas que a questão não está encerrada, porque a Corregedoria ainda analisa as denúncias contra Bolsonaro. Para o parlamentar carioca, a decisão do Conselho de Ética é "grave e preocupante". "A postura de Jair Bolsonaro nada tem a ver com liberdade de expressão. É estímulo ao ódio", falou.
No Twitter, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) criticou a decisão do Conselho de Ética: "Se Bolsonaro já violava a dignidade da pessoa humana de negros e LGBTS, com a decisão do Conselho então virá a treva. Preparem-se!"