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“Brasil não está maduro para aceitar a união homoafetiva”, diz vereador Carlos Apolinário

Depois da decisão do Supremo Tribunal Federal em reconhecer a união homoafetiva, vereadores, parlamentares e evangélicos saíram por aí se manifestando contra a aprovação.

O vereador paulistano Carlos Apolinário (DEM), de 59 anos, em entrevista à coluna de Monica Bergamo, no jornal "Folha de São Paulo", afirmou que "o Brasil não está maduro para receber essa decisão".

"Os ministros votam em dez. Com todo o respeito, deputados e senadores estão na rua, ouvem a sociedade. O Brasil não está maduro para receber essa decisão. Nem os gays esperavam isso! Se tivesse sido votado pelo Congresso, eu reconheceria", declarou.

Carlos Apolinário comentou ainda sobre a criação do dia do Orgulho Hétero, projeto que propôs na Câmara. "Uma coisa não tem nada a ver com a outra. O Dia do Hétero é a oportunidade de protestar contra o excesso de valorização do gay. Não precisa dizer ao gay: "Ei, camarada, que bom!".

Sobre os ataques homofóbicos, o vereador chegou a declarar a máxima de que eles só ocorrem na avenida Paulista, em São Paulo. "É isolado! Na [av.] Paulista aparece endemoniado querendo bater em tudo. Em gay, em nordestino…"

Por fim, Carlos Apolinário declarou que gays nunca terão os mesmos direitos que os héteros, porque homem não pode ter filho com outro homem. "Agora, dão aos gays 100% dos direitos dos héteros. Uma mulher pode ter filho com um homem. Um homem com outro homem não pode ter filho. Como terão os mesmos direitos?"

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