A polícia da Argentina desmascarou recentemente um grupo de brasileiros que se faziam passar por médicos em um hospital da província de Buenos Aires, usando documentos falsos de outros profissionais de saúde brasileiros que não tinham ciência do fato. Entre eles, um homossexual, casado com um policial, que, além de se passar por médico, também atuava como modelo. Após o caso vir à tona, Felipe Nori Haggi Lacerda, de 27 anos, apagou seus perfis em redes sociais como Facebook e Instagram. De acordo com informações do jornal argentino La Nacion, durante nove meses, Lacerca fingiu ser doutor, formado pela Universidade de Marón, onde está matriculado como estudante. Usando identidade, matrícula e diploma de outro médico, também brasileiro, ele conseguiu que o hospital o contratasse em agosto do ano passado para cobrir plantões clínicos. Ainda de acordo com o La Nacion, Felipe ganhava R$ 114 mil por mês. A farsa veio à tona em abril deste ano, quando o falso médico, nascido em Batatais, no interior de São Paulo, iniciou os trâmites para se casar com o namorado, um policial. No entanto, na certidão de nascimento entregue ao hospital, o seu nome foi alterado para corresponder à identidade que usava. Quando solicitado que apresentasse os documentos originais, ele abandonou o hospital e nunca mais voltou.
Dr. Me duele la gamba….q me recetas? No se fija q tengo ahi??….q hacen si t toca un medico como Felipe Nori (no recibido) pic.twitter.com/JBUzfkyBCK
— Nicolas (@nicodezonaoeste) 26 de julho de 2018
Por conta do ato de má-fé de Felipe, seu namorado, Leandro Alberto Acevedo, acabou arcando com as consequências e foi afastado de seu cargo na polícia argentina. Além de Felipe, foi descoberto que uma mulher, chamada Thais Soares Costa, também atuou como médica no mesmo hospital, usando a identidade de outra brasileira. Esses casos provocaram o encerramento dos contratos de outros quatro médicos brasileiros, que não tinham apresentado “a documentação correspondente”, informou o hospital em um comunicado. Felipe e Thais responderão por uso de identidade falsa, fraude, falsificação de documento público, exercício ilegal da medicina e usurpação de títulos e honrarias, segundo informou a agência de notícias AFP. Com informações do jornal O Globo