Em um encontro que começou hoje na UnB (Universidade de Brasília), parlamentares, militantes e teóricos debatem os 10 anos da parada gay em Brasília e coloca em foco a questão das conquistas gays ao longo da última década.
“Passos que mudam a história: Conquistas e desafios em 10 anos de parada do orgulho LGBTS de Brasília” acontece na Faculdade de Direito, entre os dias 13 e 15 de junho, no auditório Joaquim Nabuco.
Para a professora Alejandra Pascual, apesar das inúmeras conquistas no que tange a visibilidade do homossexual na sociedade, questões jurídicas essenciais para o reconhecimento dos direitos gays ainda não foram resolvidas. “Temos a questão da adoção, do casamento, da criminalização, da homofobia, entre outras, que ainda precisam ser resolvidas”.
Outro ponto que será discutido nas palestras é a inclusão das perspectivas de raça e gênero nos casos de discriminação: “O gay já sofre preconceito. Aí, temos o gay que é negro e o gay que é negro e mulher. Precisamos trabalhar todas essas frentes”, acredita.
Alejandra, que também é coordenadora do Núcleo de Estudos de Direito na Diversidade: Direitos Humanos e Ações Afirmativas, ressalta a importância do debate no meio acadêmico como forma de combater o preconceito. “A UnB tem um histórico de luta pelas demandas da sociedade e não poderia ficar fora dessa.”
Participam ainda do encontro o secretário de Justiça e Cidadania do DF, Raimundo Ribeiro, e a deputada distrital Érika Kokay (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa. A décima edição da parada gay de Brasília está marcada para o próximo dia 17 no Eixão, com concentração na altura da 109 Sul, próximo ao Bar Beirute, a partir das 14h.