Em entrevista concedida as páginas amarelas da revista Veja dessa semana, o Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, lembra dos tempos em que atuava em prol dos LGBT em parceria com o Sergio Cabral (atual governador do Rio), quando era deputado pelo Partido Verde .
"Eu e o Sergio Cabral somos co-autores de leis que podem deixar um político estigmatizado em setores mais conservadores. Por isso brinco que somos parceiros civis, a gente até saiu na capa de um jornal, estávamos abraçados na Parada Gay desse ano", ironizou o Carlos.
Minc foi nomeado Ministro do Meio Ambiente em junho deste ano quando sua antecessora Marina Silva renunciou o cargo. Na ocasião ele foi apontado como um suposto "laranja" que entraria para liberar terras e madeiras para serem exploradas. Mas, após seis meses pode se notar o contrário. O desmatamento caiu e o monitoramento via satélite na Amazônia tem funcionado.
Na entrevista, focada quase que majoritariamente em seu mandato, Minc assume seu gosto pela mídia. "Sou midiático, eu mesmo me chamo assim", afirma. O ministro também responde o que pensa quanto a descriminalização da maconha. “Defendo a legalização como forma de combate ao tráfico. A guerra da droga mata mais que overdose.
Melhor do que gastar dinheiro com repressão é fazer campanhas para educar. Veja o caso do cigarro. O consumo está caindo no mundo, porque se gasta o dinheiro com campanha, e não com proibição”, declarou.
Questionado se já fumou maconha, Minc se recusa a responder e diz que tal fato é "irrelevante". "Não trato da minha vida pessoal. É a mesma coisa quanto aos gays. Quando comecei a legislar em favor deles, perguntaram se eu era gay". Em seguida o jornalista Leonardo Coutinho pergunta como ele lida com essas insinuações e o ministro diz que nunca as responde.
"Nunca vou responder a elas. Na Assembléia do Rio, diziam até que eu legislava em causa própria (…) Essa é uma forma de amesquinhar a política". Depois o jornalista o questiona a respeito de em certa ocasião Carlos Minc ter declarado ser "quase gay". "Eu dizia que era o S do simpatizante, depois eu fiz tantas manifestações e leis em favor dos gays que podia dizer que era mais que S, era integrante de carteirinha da comunidade", lembrou Carlos.
No fim da conversa o entrevistador pergunta o por que de Carlos Minc usar coletes. Na resposta o Ministro cita o estilista e militante Carlos Tufvesson. "Dispenso o paletó, sobretudo no Rio… Tenho 48 peças de tudo quanto é lugar. Fui à Parada Gay com um bem desvairado que ganhei do Carlos Tufvesson, gay militante e um dos maiores estilistas do Rio", finaliza Minc.