Uma recente exposição no Museu de Ciências de Londres está gerando polêmica ao afirmar que os brinquedos Lego promovem uma visão binária de gênero e, assim, não são inclusivos para a comunidade LGBT. Intitulada ‘Histórias de Comunidades, Experiências e Identidades Queer’, a mostra inclui uma crítica ao design dos blocos de Lego, sugerindo que eles reforçam normas de gênero. Segundo a exposição, a parte superior dos blocos, com pinos, representa o masculino, enquanto a parte inferior, com buracos, representa o feminino, e a união entre eles é descrita como ‘mating’ (acasalamento). Contudo, a mostra não apresenta fontes que respaldem essa interpretação, levando a críticas sobre a aplicação de uma linguagem heteronormativa em contextos que não se relacionam diretamente com gênero e sexualidade.
A curadoria é feita por um grupo de funcionários e voluntários do museu, denominado Rede de Gênero e Sexualidade, que busca aumentar a visibilidade e inclusão da comunidade LGBTQ+ nas exposições do local. A declaração provocou reações intensas nas redes sociais, com muitos usuários questionando a lógica da crítica e satirizando a ideia de que brinquedos poderiam ter conotações de gênero tão restritivas. Um dos comentários mais provocativos dizia: “Parar de ver as coisas de forma ‘queer’ resolveria o problema”. Outros usuários sugeriram que se fizessem partes de Lego não-binárias.
Esse não é o primeiro caso de críticas direcionadas ao museu por sua abordagem sobre gênero e sexualidade. Em 2023, a instituição teve que remover uma exibição considerada como propaganda, que abordava questões de inclusão trans. A exposição atual, que foi introduzida em 2022, continua a gerar debates sobre a forma como brinquedos e suas representações podem impactar a percepção de gênero nas crianças e na sociedade em geral. A discussão se estende para o papel da educação e da cultura na formação de identidades e na inclusão de todas as expressões de gênero, refletindo a necessidade de um diálogo aberto e respeitoso sobre esses temas sensíveis.
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