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Britney Spears dá a volta por cima e lança um dos melhores discos de sua carreira

Britney Spears surgiu no fim dos anos 90 e, logo de cara, tornou-se fenômeno da música pop no mundo inteiro. À época, foi logo comparada à Madonna e colocada como uma possível sucessora da rainha do pop. Em 2000, a cantora, ainda adolescente, lançou o seu segundo disco, "Oops… I did it again", e se consagrou definitivamente. O seu lugar no mainstream musical estava garantido. Mas nem ela e nem ninguém imaginava o que viria pela frente.

Os primeiros sintomas de uma mudança musical começam a ganhar corpo com o seu terceiro disco, que leva apenas o seu nome e foi lançado em 2001. Os fãs se chocaram com o vídeo de "I’m a slave 4 you", onde Britney surge envolta por um clima sensual. A indústria e outros artistas começaram a respeitá-la – até mesmo Madonna revelou ter interesse em gravar com a moça.

A parceria aconteceria no disco seguinte de Britney, "In the Zone", com a música "Me against the music". Foi também neste momento que Justin e Britney terminaram o namoro e, como não se bastasse, nesta mesma época aconteceria a apresentação histórica de Britney, Madonna e Christina Aguilera no "Video Music Awards 2003" com o famigerado beijo entre Britney e Madonna que deixou Justin em choque.

O auge e a derrocada
Ao mesmo tempo em que Britney conheceu o andar máximo da fama, também vieram os problemas com paparazzi, interesses familiares e o seu surto. Raspou o cabelo, caminhava pelas madrugadas e conversava com as árvores. Sua carreira deu uma estagnada e ela só voltaria em 2007 com o underground "Blackout", que dividiu opiniões. Um ensaio para o retorno. No ano seguinte, chegou às lojas "Circus", que foi bem recebido, mas sem grande alarde.

Eis que na última sexta-feira (12) caiu na rede o novo álbum de Britney, "Femme Fatale", com produção de Dr. Luke, que lançou Ke$ha. Quando o single "Hold it against me" foi divulgado, logo disseram que a semelhança com a cantora Ke$ha era demais. Mas ao ouvir o disco, as semelhanças ficam um tanto longínquas. Este é, sem dúvida, um dos melhores álbuns de Britney. Apesar de ter feito um disco superior ao da estreante Ke$ha, esta foi responsável por compor a melhor e mais dançante faixa do álbum, "Till The World Ends".

"Femme Fatale" não dá espaço para respiro, é o tipo de disco que se dança da primeira à última faixa. Além dessa canção, destaque também para "I wanna go", que  vai embalar as pistas por todos os cantos do mundo.  "Seal it with a Kiss" é outra faixa que se destaca pela sonoridade mais ousada e distante do universo da cantora. O disco também traz a participação de Will.i.am, do Black Eyed Peas, na ótima e devassa "Big Fat Bass".

Por fim, o disco é uma fábrica de hits – Britney Spears vai incomodar a vida de muita "diva" por aí. Mas também vale analisar que o álbum, além de marcar a "volta" da cantora, é também uma resposta a uma série de críticas que a moça sofreu durante o seu período mais conturbado. Inúmeras letras fazem referência a fatos que marcaram os momentos mais negativos de sua carreira.

O mais irônico é que, desde que conheceu os cantos mais sórdidos da vida e da mídia, todos os lançamentos de Britney Spears eram aguardados sempre com ceticismo. Nesse interim surgiu Lady Gaga, que foi logo adotada e colocada no posto de "diva". Mais recentemente, seria a vez de Ke$ha se revelar uma compositora de mão cheia.

Lady Gaga anunciou, há três semanas, que estava lançando o single do ano, "Born This Way", mas que acabou se revelando uma fotocópia de "Express Yourself". Mas, hoje, o que temos de fato é este mais novo álbum de Britney. Nele, a cantora mantém as características que marcaram os seus trabalhos anteriores, mas não se repete e se reinventa com originalidade.

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