Britney Spears concordou em pagar R$ 18 milhões ao seu pai, Jamie Spears, como parte de um acordo judicial que encerra anos de batalhas legais e conservadoria. O valor corresponde aos honorários advocatícios e custos administrativos acumulados ao longo dos 13 anos em que Jamie Spears controlou os aspectos financeiros e pessoais da vida da cantora.
A conservadoria, instaurada em 2008 após uma série de eventos públicos preocupantes envolvendo Britney, foi alvo de críticas ferozes por parte dos fãs e do movimento #FreeBritney, que acusavam Jamie Spears de abusar de seu poder e explorar a fortuna da filha. A pressão pública e uma série de documentários trouxeram à tona detalhes perturbadores sobre o controle exercido sobre Britney, levando a uma reavaliação do caso.
Em novembro de 2021, um juiz finalmente decidiu pelo fim da conservadoria, libertando Britney do controle de seu pai. No entanto, as disputas legais continuaram, resultando agora no acordo financeiro substancial. Segundo fontes próximas à cantora, o acordo visa evitar um longo e doloroso processo judicial que poderia trazer mais desgaste emocional.
Especialistas em direito apontam que o caso de Britney Spears lança luz sobre a necessidade de reformar o sistema de conservadorias nos Estados Unidos, que pode, em alguns casos, ser usado de maneira exploratória. A repercussão do caso despertou debates sobre os direitos das pessoas sob tais regimes e as proteções legais necessárias para evitar abusos.
Britney, por sua vez, tem usado suas redes sociais para expressar alívio e esperança em retomar o controle de sua vida e carreira. Recentemente, ela lançou um livro de memórias onde detalha suas experiências durante os anos de conservadoria, prometendo revelar “toda a verdade” sobre o que chamou de “uma das fases mais sombrias de sua vida”.
O acordo milionário marca um novo capítulo na vida de Britney Spears, que agora busca reconstruir sua autonomia e continuar sua trajetória artística sem as amarras legais que a acompanharam por mais de uma década.