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Brokeback basco, “Ander” fala sobre enfrentar demônios pra viver desejo gay

Talvez seja exagerado comparar o filme espanhol “Ander”, de Roberto Castón, ao sucesso de Ang Lee “O Segredo de Brokeback Mountain”. Mas foi justamente esse o viés que a imprensa gay internacional usou para falar sobre o longa-metragem rodado na região basca do país.

“Ander” conta a história de Ander, um fazendeiro solteiro, beirando os 40 anos, que vive com a mãe e a irmã e vive a dura rotina do trabalho do campo. A família é regida pelo conservadorismo da matriarca, que se impõe por meio de um comportamento duro e regrado.

O dia passa lentamente, sempre igual, até que esse modorrento cotidiano muda quando o protagonista quebra a perna. Um rapaz peruano chamado José é então contratado para ajudar nos serviços da fazenda e ajudar Ander a realizar tarefas como comer e até mijar.

A medida que o tempo passa, uma amizade começa a surgir entre patrão e empregado. Até que Ander e um amigo convidam José para uma noite de farra com Reme, mãe solteira que espera o homem por quem é apaixonada regressar à cidade e enquanto isso trabalha como prostituta no vilarejo.

A partir daí, os laços entre Ander e José ficam mais fortes até que ambos inesperadamente fazem sexo. Com isso, a relação estremece e Ander passa a evitar o rapaz e entrar em parafuso, enfrentando seus demônios internos antes de reconhecer que está apaixonado por José e é homossexual.

A história de “Ander” é bonita, embora o filme seja excessivamente parado. O roteiro também é de autoria de Caston. O longa causou polêmica e, segundo seu diretor, não estreou na Espanha devido a homofobia. No entanto, a película foi vencedora do Coelho de Prata destinado às produções internacionais do 17º Festival MixBrasil, e também foi exibido na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e no Festival do Rio.

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