Após investigações, a Polícia Civil considera que o cabeleireiro Luiz Antonio de Jesus, de 49 anos, foi vítima de uma agressão que levou a sua morte.
Luiz foi encontrado desmaiado no banheiro do clube gay Queen, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro no domingo (26). O cabeleireiro sofreu traumatismo craniano, ficou em coma por 36 horas e morreu na terça-feira (28).
O crime pode ter sido motivado por homofobia, segundo aponta uma das linhas de investigação da polícia.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou para "ação contundente" na cabeça de Luiz Antonio. Segundo o delegado assistente da Divisão de Homicídios, Fabio Cardoso, podem ter sido socos.
"Probabilidade é muito grande de ter havido uma agressão. É um homicídio pelas circustâncias das agressões que foram encontradas na cabeça da vítima", afirmou Cardoso, baseado no laudo.
Os policiais lacraram a boate e recolheram computadores para analisar as imagens das câmeras de segurança. Na quarta-feira (29), a proprietária da boate, Jade Lima, e um dos seguranças do estabelecimento, Paulo Vitor, prestaram depoimento na Divisão de Homicídios (DH), na Barra da Tijuca.
O segurança foi acusado de agressão por outro frequentador da boate no mesmo banheiro. No entanto, ele negou à polícia que tenha agredido Luiz Antônio e foi liberado.
Jade informou ao delegado que, por volta das 3h30 da manhã, ela viu uma movimentação de seguranças e foi informada que havia uma pessoa ensanguentada dentro do banheiro perto do vaso sanitário. "Ela disse que eles chamaram o Samu e o Corpo de Bombeiros para prestar socorro ao rapaz", contou o delegado.
Familiares e amigos estão inconformados com a morte do cabeleireiro. "Quem fez isso tem que pagar pelo crime! Queremos justiça", declarou a irmã da vítima, Angelina de Jesus, ao Bom Dia Rio. "Ele era uma pessoa tranquila, muito amiga, muito alegre. Não é de caçar confusão. Com certeza alguma coisa muito ruim aconteceu porque ele não é de confusão com ninguém", garantiu a amiga Inês Rocha.