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Cabildo LGBTQIA+ de Guanajuato enfrenta invisibilidade e exclusão

Sessão do Cabildo LGBTQIA+ volta a ser realizada fora do salão oficial, gerando críticas e questionamentos sobre representatividade

Cabildo LGBTQIA+ de Guanajuato enfrenta invisibilidade e exclusão

Sessão do Cabildo LGBTQIA+ volta a ser realizada fora do salão oficial, gerando críticas e questionamentos sobre representatividade

Em Guanajuato, México, o segundo Cabildo LGBTQIA+ —um espaço de diálogo democrático que simula uma sessão oficial da Câmara Municipal— voltou a ser realizado fora do Salão de Cabildos, cenário tradicional para esse tipo de encontro. A ausência da prefeita Samantha Smith, que participou de outro evento, e a negativa para uso do espaço oficial reacenderam debates sobre a visibilidade e o respeito à comunidade LGBTQIA+ na política local.

Exclusão simbólica: um sinal de invisibilidade

Apesar de a organização do Festival Pride Guanajuato ter solicitado com antecedência o uso do Salão de Cabildos, a Secretaria do Município negou o pedido, alegando que o espaço não poderia ser utilizado para uma sessão em que os participantes não são eleitos oficiais. Com isso, o evento foi transferido para o Salão Presidentes, um local menor e menos simbólico, que ficou vazio durante toda a atividade.

Enquanto outras sessões paralelas, como o Cabildo Infantil, recebem o espaço oficial e o pleno da Câmara, o Cabildo LGBTQIA+ voltou a enfrentar uma barreira que vai além da logística, tocando na questão da legitimidade e reconhecimento da comunidade no cenário municipal.

Reações da prefeitura e dos ativistas

A prefeita Samantha Smith afirmou não saber o motivo da mudança e garantiu que as propostas levantadas no Cabildo LGBTQIA+ terão acompanhamento. Ela ressaltou o compromisso do governo com a inclusão e o atendimento a todas as vozes da cidade.

Por sua vez, Fausto Martínez, ativista e coordenador do evento, expressou frustração com a negativa, apontando que a diferença de tratamento em relação a outras sessões é evidente. Ainda que não atribua a decisão a um preconceito explícito, reconhece que a exclusão do Salão de Cabildos simboliza uma falta de reconhecimento institucional. Para Fausto, a realização da sessão no espaço oficial seria uma forma de validar as demandas da comunidade e fortalecer a representatividade política.

Movimento político e a luta por reconhecimento

A regidora Liliana Preciado Zárate, do Movimento Cidadão, classificou a negativa do espaço como uma continuação da invisibilização histórica da população LGBTQIA+. Ela valorizou as propostas feitas durante o Cabildo e garantiu que o grupo político buscará apoiar as iniciativas para que não sejam ignoradas.

Este episódio em Guanajuato evidencia como a luta por espaços de fala e reconhecimento político ainda é uma batalha diária para a comunidade LGBTQIA+. A realização do Cabildo LGBTQIA+ fora do salão oficial, mesmo com a organização e o pedido formal, mostra que apesar dos avanços, barreiras institucionais persistem, alimentando a necessidade de visibilidade, respeito e inclusão verdadeira.

O cenário mexicano reforça a importância de fortalecer espaços democráticos que acolham todas as identidades, garantindo que a diversidade não seja apenas declarada, mas praticada na política local e em todos os níveis de poder.

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