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Caio F. Abreu: As adaptações cinematográficas da obra do escritor morto há 15 anos

Em 25 de fevereiro de 1996, o Brasil perdia o escritor gaúcho Caio Fernando Abreu, vítima da Aids. Um dos maiores escritores, cronistas e literatos de sua geração, deixou uma vasta obra que – ainda com Caio vivo, mas principalmente após sua morte – o cinema nunca conseguiu ignorar. Nos 15 anos de sua morte, vamos conferir um apanhado de adaptações de Caio para as telas, telonas e telinhas.

Aqueles Dois (1985) – Direção: Sérgio Amon
Longa-metragem gaúcho que adaptava o conto homônimo, sobre dois colegas de repartição pública que se envolvem e despertam a ira, a inveja e a hipocrisia do ambiente de trabalho. O próprio Caio adaptou seu conto para o filme. É um filme belo, poético e lírico, com boas atuações da dupla central (Pedro Wayne e Beto Ruas). O conto rendeu também um curta-metragem, de 2007, dirigido por Daniel Philip Weber.

Dama da Noite (1999) – Direção: Mário Diamante
Gilberto Gawronski encarna a complexa personagem, que discursa contra tudo e todos em uma balada – papel que o ator havia defendido também no teatro. Um curta premiadíssimo, com uma bela fotografia e uma grande atuação de Gawronski.

Sargento Garcia (2000) – Direção: Tutti Gregianin
Curta-metragem premiado, baseado no conto homônimo. Marcos Breda interpreta o tal Sargento Garcia, que fascina um jovem soldado, em um quartel do exército em plena década de 70 (foto).

A Visita (2007) – Direção: Gilberto Perin
Curta gaúcho, adaptando alguns contos de Caio, entre eles "Linda, uma História Horrível" e "O Pequeno Monstro". Na mistura, o filme mostra o homem maduro (Marcos Verza) que volta à casa de sua mãe, onde relembra a infância e a paixão por um primo adolescente.

Onde Andará Dulce Veiga? (2008) – Direção: Guilherme de Almeida Prado
O romance de Caio rendeu este longa sorumbático e irresistível, a cara dos anos 80. Dulce Veiga (Maitê Proença) é a diva do passado que desapareceu, deixando amigos, fãs e amantes desnorteados. Uma pequena pérola do cinema brasileiro recente.

*Colaborou Rodolfo Lima

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