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Caixa colorida

Quem participou da 12ª Parada do Orgulho GLBT de São Paulo no último domingo deve se lembrar das bandeirinhas da Caixa ao longo da avenida Paulista. A ação fez parte do patrocínio oficial do banco ao evento, que segue pelo segundo ano consecutivo.

Em conversa com a equipe que cuidou do patrocínio, a reportagem do Dykerama.com ficou sabendo um pouco mais das ações que a Caixa tem feito sobre questões referentes a temas da diversidade. “Na verdade, a Caixa é uma empresa muito tradicional, então o patrocínio a um evento dessa natureza é algo bem avançado e até ousado”, diz Aline Almeida, do departamento de comunicação da Caixa.

A Gestão de Pessoas do banco tem uma política diferenciada, que reconhece e valoriza a diversidade, as diferenças culturais, sociais e individuais, se opondo a toda forma de discriminação e isso pode ser visto em alguma das ações realizadas lá dentro. A extensão de todos os benefícios concedidos a companheiros heterossexuais e a companheiros do mesmo sexo, inclusive previdência privada, é algo possível dentro da empresa desde 2005, além de ações que conscientizam os funcionários e funcionárias para a questão da diversidade sexual em forma de cartilhas e seminários internos. Em 2006, o banco assinou um convênio com a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH) para ceder empregados para atuar no Programa Brasil sem Homofobia, do Governo Federal. As ações não param por aí e se estendem também para as questões de gênero, de raça e etnia e de pessoas com deficiência.

Assumir um compromisso com a população GLBT por forma de patrocínio e ações é um passo muito arriscado para um banco do porte da Caixa, no entanto, a equipe está otimista e satisfeita com os resultados. “Ainda não foi possível quantificar e qualificar a repercussão do patrocínio dentro da empresa este ano. Em 2007, recebemos mais críticas positivas do que negativas. Este ano, convidamos empregados e empregadas da Caixa da Grande São Paulo para ajudar na distribuição das bandeiras no dia da Parada. Tivemos quase 70 voluntários, o que acredito que tenha sido uma repercussão bem positiva. Outros 70 empregados trabalharam no stand da Caixa na 8ª Feira Cultural GLBT, no dia 22, com foco na venda de cartão de crédito e financiamentos habitacionais”, conta Aline.

Certamente algumas dúvidas e receios surgem quando pensamos que empresas de grande porte estão apoiando movimentos sociais. Isso é um sinal dos novos tempos, das mudanças de pensamento. Não é mais possível negar a existência dessas questões e dos problemas que as envolvem e isso já é um grande avanço. “Ao patrocinar um evento que prega o respeito ao público GLBT ou a qualquer outro público que expresse a diversidade brasileira, a Caixa quer mostrar à sociedade e a seus empregados e empregadas que é, sim, o banco de todos os brasileiros e brasileiras, sem discriminação”, finaliza Aline.

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