A data de 5 de novembro marca um misto de alegria e tristeza para os homossexuais americanos.
Ao mesmo tempo em que celebravam a vitória de Barack Obama, que em seu discurso de vitória citou a comunidade LGBT e a garantia de uma administração inclusiva, quatro outros Estados votavam contra os gays, revogando leis e diminuindo o direito de exercício pleno da cidadania pelos homossexuais.
Na Califórnia, da Flórida e de Arizona, foi aprovada em referendo uma emenda à Constituição estadual que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo. No Arkansas, gays estão proibidos de adotarem. Os Estados fazem parte de um grupo que, juntamente com a votação para presidente e para o Congresso, incluíram na eleição de terça-feira propostas sobre diversos assuntos, incluindo mudanças na legislação sobre aborto, drogas e educação.
Segundo a BBC de Londres, na Califórnia, com 95% dos votos apurados, cerca de 5,1 milhões de eleitores (52% do total) decidiram aprovar a inclusão na Constituição estadual da seguinte frase: “Apenas o casamento entre um homem e uma mulher é válido e reconhecido na Califórnia”.
Na Flórida, a mudança foi aprovada por 62% dos eleitores e no Arizona, por 56%. Ao todo, 27 Estados americanos já haviam proibido antes desta terça-feira o casamento gay, que foi legalizado na Califórnia pela Suprema Corte estadual em junho.
Apesar de todos os esforços da comunidade artística da Califórnia, que doou milhares de dólares para as campanhas que se opunham à Proposta 8, mais uma vez o preconceito imperou e os quase 18.000 mil casamentos já realizados no Estado serão revogados, inclusive o da apresentadora Ellen Degeneres, cuja união com Portia de Rossi realizou-se recentemente.