Ativistas do movimento LGBT foram às redes sociais denunciar o que chamam de "esvaziamento do Dia Mundial de Combate à Aids", que acontece no dia 1 de dezembro no mundo inteiro. A campanha deste ano tem como tema o aumento do HIV/Aids entre jovens gays.
Os militantes atentam para o fato de que o governo federal cortou em mais de 50% a verba que era destinada para a campanha de combate a Aids, que era de R$6,5 milhões e foi reduzida para R$1,5 milhão. Com tal verba, a campanha publicitária fica inviável.
O colunista do jornal carioca O Globo, Ancelmo Gois, também escreveu em sua coluna do último domingo (20) que o ministro da saúde, Alexandre Padilha, teria se comprometido submeter à campanha a Frente Parlamentar da Família, que é liderada por evangélicos fundamentalistas.
Segundo o fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB), Luiz Mott, isso acontece por conta do tema ser voltado para os jovens gays. Segundo Mott, é a segunda vez que o governo Dilma cede aos fundamentalistas. "Primeiro foi o veto ao 'Kit anti-homofobia', agora se curvam perante aos familistas e fundamentalistas evangélicos", escreveu Mott em sua página pessoal no Facebook.
A reportagem de A Capa entrou em contato com o Ministério da Saúde nesta manhã, às 11h, mas não havia ninguém para comentar o assunto.