A recente discussão sobre o comportamento adequado nos cinemas está se intensificando, especialmente após a popularidade de filmes como ‘Wicked’, ‘Barbie’ e ‘Oppenheimer’, que foram promovidos como verdadeiros eventos culturais. Durante as exibições de ‘Taylor Swift: The Eras Tour’, fãs se entregaram à dança e ao canto, criando um clima festivo que dividiu opiniões. Enquanto muitos se divertem participando ativamente das sessões, outros reclamam que isso pode ser uma distração.
Cynthia Erivo, estrela de ‘Wicked’, defende a prática de cantar durante os filmes, considerando-a uma forma de celebração. Por outro lado, a polêmica cresce nas redes sociais, onde usuários expressam descontentamento ao ouvir outros cantando durante a exibição. A questão que permeia essa discussão é: até onde vai a liberdade de participar e quando isso se torna uma perturbação para os demais espectadores?
As salas de cinema estão experimentando diferentes formatos para atrair o público. Algumas, como a Alamo Drafthouse, estabeleceram políticas rígidas contra conversas e uso de celulares para garantir uma experiência imersiva. Em contrapartida, outras estão implementando sessões especiais de sing-along, onde o canto é não apenas permitido, mas encorajado.
Historicamente, o ato de cantar durante filmes não é novidade. Desde os anos 1920, sessões de cinema frequentemente incluíam momentos para que a audiência se juntasse em canções, criando uma atmosfera de comunidade. Ross Melnick, professor da Universidade da Califórnia, destaca que essas exibições coletivas são uma tradição no cinema, mas devem ser realizadas em ambientes apropriados.
Com o aumento da frequência nos cinemas pós-pandemia, a indústria busca equilibrar a experiência de entretenimento com a necessidade de respeito ao espaço dos outros espectadores. A adaptação das salas de cinema e a implementação de novos formatos de exibição são estratégias que podem redefinir a experiência cinematográfica, tornando-a mais inclusiva e divertida, sem deixar de lado o respeito necessário entre os frequentadores. Assim, a cultura de ir ao cinema continua a evoluir, refletindo tendências sociais mais amplas e as expectativas de um público diversificado.
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