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Canto homofóbico contra Wagner Leonardo paralisa jogo do Vitória

Torcida rubro-negra protagoniza episódio de intolerância em clássico no Barradão, jogo foi interrompido

O reencontro entre a torcida do Vitória e o zagueiro Wagner Leonardo, agora no Grêmio, teve um capítulo marcado pela intolerância e pela homofobia. Durante a partida válida pela 6ª rodada do Campeonato Brasileiro, no Barradão, o árbitro Felipe Fernandes de Lima registrou em súmula um canto homofóbico direcionado ao jogador.

Por volta dos 20 minutos do primeiro tempo, os torcedores rubro-negros entoaram os cânticos “Wagner Leonardo viado”, provocação que fez com que o árbitro paralisasse o jogo momentaneamente para conter a situação.

Além disso, houve relato de um objeto de plástico lançado em direção ao local onde estavam jogadores do Grêmio, o que também foi anotado na súmula da partida.

Reação em campo e declaração de Wagner Leonardo

Curiosamente, logo após a retomada da partida, Wagner Leonardo contribuiu diretamente para o placar, dando assistência para Jemerson abrir o marcador para o Grêmio. No segundo tempo, o Vitória conseguiu o empate com um gol de cabeça de Carlinhos.

Após o jogo, Wagner falou sobre o momento delicado e reafirmou seu carinho pelo Vitória, clube onde viveu momentos importantes, apesar das vaias e ofensas. “O sentimento de estar aqui é de muita gratidão. Vivi uma linda história aqui no Vitória. Diferente do que muitos falam, eu tenho um carinho enorme por esse grande clube e pelo tempo que vivi. Meu filho nasceu aqui, fomos muito felizes, mas a vida segue. Agora estou no Grêmio, estou muito feliz de estar aqui”, comentou o defensor.

Contexto e impacto para a comunidade LGBTQIA+

O episódio de homofobia durante o jogo do Vitória é um reflexo preocupante de que a intolerância ainda permeia o ambiente esportivo, muitas vezes palco de manifestações preconceituosas que atingem diretamente atletas LGBTQIA+ ou que são rotulados por sua sexualidade ou expressão de gênero.

Para a comunidade LGBTQIA+, é fundamental que clubes, torcidas organizadas e órgãos responsáveis atuem de forma firme contra qualquer tipo de discriminação. Ambientes inclusivos no esporte não apenas promovem respeito e diversidade, mas também inspiram futuras gerações a se sentirem seguras e acolhidas.

O caso envolvendo Wagner Leonardo reforça a urgência em aprofundar o debate e implementar ações educativas e punitivas que coíbam manifestações homofóbicas nos estádios, garantindo que o futebol seja um espaço de celebração da diversidade e do talento, livre do ódio e do preconceito.

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