in

Cartas trocadas entre soltados na II Guerra Mundial revelam amor gay

Um dos períodos mais sombrios da história da humanidade, época onde imperou o pensamento nazifascista, com a ascensão ao poder de personalidades como Hitler e Mussolini, o hiato de tempo marcado pela Segunda Guerra Mundial deixou sequelas ainda hoje incuráveis para milhões de famílias. Muitos casais foram separados, muitas famílias foram despedaçadas e muitas histórias de amor interrompidas… inclusive romances gay. Pelo menos uma dessas histórias foi descoberta por Mark Hignett, morador de West Midlands, na Inglaterra, que arrematou em um leilão uma caixa com cartas trocadas entre os soldados nos anos da guerra. Mark pretende fazer uma exposição em um museu de história local com as relíquias. As cartas datadas entre os anos 1939 a 1944 revelam o caso de amor vivido entre dois homens: o soldado Gilbert Bradley e seu parceiro, que assinava pela inicial G, como forma de manter o romance às escondidas. De acordo com Mark Hignett, “G” seria a inicial de Gordon Bowsher. Leia trechos das missivas abaixo: “12 de Fevereiro de 1940 – Park Grange Meu menino lindo, Não há nada mais que eu deseje na vida que ter você constantemente. Posso imaginar o que sua mãe e seu pai pensariam. O resto do mundo não tem noção do que nosso amor é. E eles nem sabem que é amor. ” “1º de Fevereiro de 1941 – K. C. Gloucester Regiment, Priors Road, Cheltenham Meu menino lindo, Por anos achei que nunca teria um amor que durasse para a vida. Quero muito você e espero pelo nosso futuro. Imagine quando a guerra acabar e pudermos viver juntos. Do seu, G.” Em uma outra carta, ele fala sobre a possibilidade de um dia no futuro, a história de amor entre os dois possa vir a ser contada através das cartas trocadas nos anos sombrios. Nessa época, ser homossexual era considerada uma prática criminosa na Inglaterra. Relações homoafetivas só se tornaram legais no país europeu décadas depois do fim da Guerra. “Não seria incrível se no futuro nossas cartas pudessem ser públicas em um tempo mais evoluído? E o mundo poderia finalmente saber o quanto a gente se ama”, questiona.

Levy Fidelix é condenado a pagar R$ 25 mil por discriminação homofóbica

Exibir “não curto afeminados” nos apps demonstra falta de inteligência, diz estudo