A 5ª Edição da Parada Gay Estadual de Campo Grande, em Cariacica, no Espírito Santo, que ocorreu no último domingo, foi palco de manifestação do preconceito contra a comunidade GLBT. artazes espalhados por postes e muros ao longo do trajeto expressavam a homofobia.
O material foi encontrado por Celso Filho, 30 anos, um dos organizadores, algumas horas antes do evento. “Achei um absurdo. No mundo em que vivemos hoje era para o povo ter uma mente mais aberta. Isso é a coisa mais normal do mundo. O que não é normal é roubar, matar e vários outros males que acontecem neste mundo”
Em um dos cartazes, lia-se: “Se o seu pai fosse gay, você não teria nascido. Pense nisso”.
“O fato de ser gay não quer dizer que a pessoa não possa ter um filho”, diz Celso, homossexual e pai um menino de cinco anos.
Suspeita-se que o material homofóbico tenha sido afixado na madrugada de domingo, quando não havia gente da organização no local. Para a presidente do Movimento de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Simpatizantes (GLBTS) do Espírito Santo, Maria da Glória Rosa Miranda, é a hipocrisia falando mais alto.
“Isso é coisa de moleque! É o que sempre falo: um gay não incomoda um hétero, mas um gay enrustido…”, esbravejou.
Mesmo com toda a confusão, mais de 300 mil pessoas, segundo a organização, participaram da parada gay na avenida Expedito Garcia.