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Casa da Mãe Joana

Um sarau em homenagem ao Mês da Mulher, na linda Casa das Rosas, em São Paulo. Este foi o local do encontro com as 5 meninas da “Casa da Mãe Joana”, banda novinha, só de garotas, formada em agosto de 2007, mas que já tocou em lugares como o extinto e saudoso Bar da Grá e em encontros da comunidade do Orkut “Lésbicas de Sampa”.

Com um repertório eclético e arranjos baseados em percussão, violão e lindos vocais, as meninas tocaram desde Chico Buarque até Alanis Morissette, num show curtinho, leve e divertido, que deixou um gostinho de “quero mais”.

Depois do show, que fechou o sarau, as integrantes, Carol, Laura, Iara, Andressa e Dani Fernandes, conversaram rapidamente com o Dykerama.com:

Dykerama: Acho o nome da banda genial. Como surgiu a banda e o nome?
Casa da Mãe Joana: Nos conhecíamos da USP, e eu (Laura) tínhamos um projeto de rock, onde já tocávamos com a Dani. Até que uma amiga me disse que eu precisava ouvir a Yara cantando. Quando ouvi, falei: nossa a gente tem que tocar junto! Aí foi juntando um grupo que curtia fazer música, e como a gente tocava de tudo e gostava de vários estilos, veio o nome “Casa da Mãe Joana”.

Dykerama: E esta sensação de “Casa da Mãe Joana” acontece no palco também, não? Porque vocês se revezam no vocal e nos instrumentos…
Casa da Mãe Joana: Quando escolhemos uma música para tocar e vamos compor os arranjos, vemos qual das vozes da banda fica melhor, por isso temos estas variações nos vocais…

Dykerama: Sempre foi uma banda só de meninas?
Casa da Mãe Joana: Não, no começo da banda éramos em 7, havia um rapaz, que saiu. Quando ficamos só nós 5, percebemos que ser uma banda só de meninas poderia chamar a atenção, ser um diferencial, e começamos a gostar disso… Além disso, podemos expressar a força da nossa feminilidade e quebrar o machismo que ainda existe em alguns meios musicais, que questionam a qualidade da mulher como percussionista, violonista, em outras funções numa banda que não o vocal.

Dykerama: Vi no show que vocês têm um repertório eclético, e conseguem fazer ótimos arranjos para variados estilos de música só com percussão, violão e vocais. Como é a escolha do repertório?
Casa da Mãe Joana: Hoje, como era um evento específico, focamos nosso repertório em músicas que falavam sobre a mulher e o feminino. Mas nós tocamos o que curtimos, e adequamos o repertório de acordo com o local do show. Ao tocarmos numa balada, tocamos mais rock, em outros locais podemos tocar mais forró, samba etc. Depende do público. Mas sempre buscamos colocar nosso gosto musical no meio, e também composições próprias. Nunca tocamos só um estilo.

Dykerama: Pelo visto, vocês têm nas lésbicas um público em potencial…
Casa da Mãe Joana: Adoramos tocar em locais gays, a energia é ótima e as meninas realmente participam e adoram o show. Sabemos que é um público excelente e que adoramos, mas não queremos ser vistas como uma banda direcionada somente para este público…

Dykerama: Próximos shows?
Casa da Mãe Joana: Nossa agenda ainda está sendo confirmada. Mas assim que fecharmos as datas e locais, pode deixar que avisamos vocês!

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