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Casal formado por pessoas trans quer casar na igreja Católica e ter filhos biológicos

Robis Ramires e Eduarda Vieira – casal formado por homem trans e mulher transexual, respectivamente – participaram do programa Superpop, da RedeTV!, nessa quarta-feira (25) e anunciaram que pretendem se casar na igreja católica.

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Segundo o casal, a igreja não deve impedir a celebração uma vez que eles formam um casal heterossexual – independente da identidade de gênero que eles tem e de fugirem dos padrões cisgêneros.

"(Caso proíbam o casamento) seria discriminação da parte deles, até porque eu não mudei os meus documentos e nem a Duda. A igreja prega 'amai ao próximo' e não 'mudai ao próximo'", afirmou Robis.

Vale lembrar que nos anos 90, o ator transexual Léo Moreira Sá e a travesti Gabriela Bionda também tentaram se casar na tradicionalíssima Nossa Senhora do Brasil, mas foram impedidos depois que a Igreja exigiu que eles estivessem vestidos de acordo com o genital. 

CASAL PENSA EM GERAR FILHOS

Na atração, eles falaram que também pretendem em três terem um filho biológico. E quem vai gerar é Robis. "Eu não vou deixar de ser pai e a Duda não vai deixar de ser mãe. A única diferença é que vou ter gerado o filho", afirma.

Ele declarou que pretende fazer cesariana e que vai recorrer a um banco de leite para amamentar, uma vez que já terá feito a mastectomia masculinizadora (a remoção dos peitos).

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Ao ser questionada se vai revelar ao filho que se trata de um casal formado por pessoas transexuais, Eduarda afirma: "O preconceito vai estar na rua, mas dentro de casa vou amar e educar da melhor maneira. Vou educar como mãe e o Robis como pai. E quando ele tiver capacidade e tiver crescido vai entender naturalmente", afirmou.

A artista Léo Áquilla, que estava no palco e que também tem dois filhos e que revelou ser Leonora, afirmou que a criança aceita melhor que um adulto. "Tendo essas questões dentro de casa é mais fácil, porque a criança cresce achando tudo muito natural. Ela acha estranho as pessoas de fora não aceitarem. Daí você tem que dizer: o mundo lá fora é esse, lá fora as pessoas são diferentes", contou.

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