Um casal gay carioca denunciou nesta sexta-feira a discriminação e omissão de policiais militares do Largo da Lapa, no Rio de Janeiro. Segundo Gregory Mark Klaus, 22 anos, e Gabriel Munes, 24 anos, eles procuraram uma cabine da PM a fim de denunciar um grupo de jovens que teriam agredido verbalmente e até jogado sacos de lixo sobre o casal, mas não foram atendidos.
Os dois teriam saído à procura de outra cabine, à rua Augusto Severo, onde obtiveram ajuda, mas o grupo de agressores já havia ido embora.
Os dois então procuraram a 5ª Delegacia de Polícia, onde não foram atendidos pelos policiais, que os mandaram registrar queixa no quartel do 13º Batalhão da Polícia Militar, na praça Tiradentes.
No quartel, ainda segundo depoimento das vítimas, os policiais teriam mandado Gregory e Gabriel para o Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (BPtuir), em Copacabana, onde chegaram por volta das 3h.
Eles não conseguiram registrar a queixa contra os policiais militares.
Claudio Nascimento, presidente do Grupo Arco-Íris e superintendente dos Direitos Difusos e Individuais da Secretaria Estadual de Direitos Humanos enviou representação à Corregedoria Geral Unificada, à Corregedoria da Polícia Militar e também a da Polícia Civil, pedindo que os soldados do PBtur que estavam de serviço na cabine do Largo da Lapa sejam identificados e processados por omissão e discriminação sexual.
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