O desejo de viver uma história de amor com a alma gêmea, a tampa da panela ou a metade da laranja pode não ser a melhor opção. De acordo com o estudo publicado no Journal of Experimental Social Psychology, quem acredita que o parceiro é a sua alma gêmea tende a sofrer mais no relacionamento.
Os professores de psicologia social Spike W. S. Lee e Norbert Schwars fizeram a pesquisa com casais que vivem relacionamentos sérios há muitos anos. Na análise, eles mostraram questionários com frases que os relacionamentos eram interpretados como "almas gêmeas" ou "o amor é uma jornada, veja até onde chegamos".
O resultado mostrou que aqueles que acreditam na "alma gêmea" se desgastam mais. Afinal, quem leva o amor como "cara metade" tende a mostrar insatisfação com os parceiros durante as crises, pois acredita que a metade deveria completa-lo perfeitamente.
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Já no "amor é uma jornada", há o entendimento de que as brigas fazem parte da vida do casal e de que a pessoa é outro individuo completo.
"Nossa pesquisa revela que pessoas que implicitamente veem relacionamentos como uma perfeita união entre duas almas tendem a ter relacionamentos piores que aquelas que pensam em um relacionamento como uma jornada de aprendizado e conhecimento", declarou o professor Spike à Slate.
"Aparentemente, formas de pensar e falar de amor levam diferentes formas de avaliá-lo", concluiu ele.