O candidato à prefeitura de São Paulo pelo Partido Progressista (PP-SP), Paulo Maluf, foi sabatinado na manhã de hoje (17/09) por jornalistas do Jornal Folha de São Paulo. Durante a entrevista, o jornalista Gilberto Dimenstein introduziu a questão do casamento entre pessoas do mesmo sexo e perguntou ao candidato o que pensava a respeito.
Maluf disse que é católico e que "casamento entre gays não é normal", o que causou certo espanto entre os presentes. O candidato seguiu se defendendo e disse que "numa democracia deve se respeitar até o que não é normal". Ainda sobre a questão, falou que em sua religião, o catolicismo, "o certo é homem gostar de mulher e mulher gostar de homem".
Em seguida, Paulo Maluf foi questionado sobre como seria a sua relação com a parada gay. O candidato não foi objetivo, mas deu a entender que daria mais apoio a eventos como a Fórmula 1 e deixou subentendido que não daria apoio financeiro a parada gay de São Paulo. Gilberto Dimenstein voltou a questioná-lo, "então o senhor não vai apoiar a parada?", Maluf rapidamente retrucou, "eu não disse isso, você está fazendo uma interpretação errada das minhas palavras", e acrescentou, "você está falando isso porque tem muito gay que vota em mim. Tem gay que vota em mim sabendo que eu gosto de mulher".
Na defensiva, o candidato disse ainda que não reprova "quem gosta de homem". "Respeito quem tem o apetite sexual diferente. Sou católico, mas, respeito o evangélico, o muçulmano". Ao ser indagado se a cidade de São Paulo estaria preparada para ter um prefeito gay, o deputado federal ficou sem graça e não respondeu.
Logo depois, a jornalista Mônica Bergamo deu mais uma invertida em Maluf, "o senhor pediu que a candidata Soninha desse nome aos bois e dissesse quem são os vereadores que se venderam. O senhor já fez acusação semelhante, então gostaria que você desse nome aos bois, no caso os deputados". O candidato enrolou e não respondeu. "Você está me perguntando de um episódio que aconteceu há mais de 12 anos", desconversou.