Bom, já não é mais novidade, até no Jornal Nacional foi noticiado. A Argentina aprovou o casamento gay e igualou os direitos dos casais gays aos dos heterossexuais. Vale notar a postura da presidente Cristina Kirchner, que pessoalmente entrou na luta e ainda por cima enfrentou os setores reacionários da igreja católica dizendo que eles ainda estão na “inquisição”.
Por terras brasileiras os sinais são os piores. Dilma, Marina e Serra fizeram acordos com lideranças religiosas. Tudo em nome do voto. Como bem disse Luciana Genro, “os partidos abrem mão de seus ideais para fazer acordo com os religiosos”. Dito e feito. Portanto, não podemos esperar muito do próximo executivo, pelo menos no que diz respeito a leis de fato. Deixarão nas mãos do legislativo. Ou seja, não se empolgue.
Tenho insistido na teoria de que o voto válido está nos parlamentares. Vários candidatos que apóiam historicamente as questões LGBT são candidatos. Alguns querem se reeleger, outros querem retornar. Caso contrário, corremos o risco de ter um legislativo conservador somado a um executivo também conservador.
Mas também não da pra votar, sentar e esperar o grande milagre acontecer no Congresso Nacional. É preciso pesquisar o seu candidato, o partido e sua história. Porém, este ano pelo menos temos uma candidata à presidência da república que é sincera: Marina Silva, se depender dela, tudo que diz respeito aos LGBT será engavetado.