A decisão do Senado Argentino de aprovar o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo repercurtiu como um tsunami em toda a América Latina, provocando reações contrárias, favoráveis e motivando movimentos sociais de diversos paíse a pressionarem seus governos na luta dos direitos homossexuais.
O vice-presidente do Paraguai, Federico Franco, afirmou ser totalmente contrário ao matrimônio homossexual. Seu discurso é bem familiar a nós, brasileiros: “por ser católico, acredito que o casamento é uma instituição que deva ser integrada somente por um homem e uma mulher. Deus criou somente o homem e a mulher para criar família”. Já uma Senadora da província argentina de San Luís diz que vai entrar na justiça contra a decisão do Senado, usando praticamente os mesmos argumentos da autoridade paraguaia.
Apoiando a decisaõ Argentina, a Anistia Internacional recomendou, esta semana, que os outros países da América Latina sigam o mesmo exemplo, afirmando que se trata de “um passo histórico para a igualdade de direitos de lésbicas, gays, bissexuais e trangèneros”.
Até hoje, na América Latina, o casamento homossexual só foi aprovado na Cidade do México e, agora, na Argentina, sendo que a União Civil entre pessoas do mesmo sexo é permitida no Uruguai e na Colômbia.
Infelizmente, aqui no Brasil,o cenário não mostra sinais de mudança a curto prazo. A despeito das lutas do movimento LGBT, a postura dos(as) candidatos(as) após a decisão argentina foi a de manter o silêncio. Pelo menos, agora existe uma pressão política externa para que o assunto seja discutido e esteja presente nas plataformas de governo. Só nos resta saber se os(as) conditatos(as) terão coragem para isso.