Foi realizada nesta quinta-feira (2) a audiência do processo movido contra a Samorcc (Sociedade dos Amigos e Moradores de Cerqueira César). Os autores do processo são a ONG Casarão Brasil e o clube A Lôca.
Os estabelecimentos alegam perseguição por parte da associação com as casas de entretenimento da região da rua Frei Caneca. No caso do Casarão, é alegado homofobia, já que se tratade uma ONG e não de um clube.
"Recebemos diversas denúncias perseguindo o Casarão, como reclamações de barulho, por exemplo. Consideramos pura homofobia, já que o Casarão não é um bar ou um clube", conta o empresário Douglas Drumond, diretor do Casarão Brasil.
O Casarão e A Lôca pleiteiam uma indenização de R$ 300 mil por conta da perseguição. Na audiência foram ouvidas as testemunhas da Samorcc, entre eles José Luiz Brás, presidente do Consec (Conselho de Segurança da Consolação) e o advogado Roberto de Oliveira Costa.
As testemunhas dos autores do processo não puderam ser ouvidas, já que tinham algum tipo de vínculo com o Casarão ou com o clube A Lôca. A única testemunha que poderia ser ouvida seria o jornalista André Fischer, que não compareceu à audiência.
O processo teve entrada há cerca de 1 ano, quando foram entregues e-mails de denúncias e cartas espalhadas pelo bairro contra o Casarão pela presidente da Samorcc, Célia Marcondes.
Apesar de não ter apresentado testemunhas, Douglas está confiante na decisão da juíza. "Acredito que ela tenha percebido o que realmente ocorre. As testemunhas deles estão ligadas de alguma forma com a Samorcc e com as construtoras que querem acabar com os estabelecimentos de entretenimento gay da região", diz o empresário.
A juíza do processo ainda pode solicitar novas provas, agendar uma nova audiência ou decidir sobre o caso com o que já tem em mãos.