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Caso “travesti crucificada”: Parada quer denunciar deputados por incitação ao ódio

A organização da Parada do Orgulho LGBT emitiu uma nota no fim de semana em que declara denunciar ao Ministério Público Federal os deputados federais católicos e evangélicos "por incitação ao ódio" e "desrespeito ao estado laico", desde que uma travesti se manifestou crucificada e começou a receber ameaças de morte e acusações.

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Na última quarta-feira (10), os deputados levaram ao plenário da Câmara dos Deputados e compartilharam a foto da "travesti crucificada" na 19ª Parada LGBT em meio a outras imagens com sexo explícito e símbolos religiosos. Eles pediam a aprovação de uma PL chamada de cristofobia, que considera crime hediondo o desrespeito a símbolos religiosos.

Porém, a organização da Parada diz que não houve desrespeito, mas um pedido de socorro de pessoas trans e LGBTs em geral. O presidente da APOGLBT, Fernando Quaresma diz que há uma tentativa de difamar o evento. Tanto que, conforme o jornal Folha de São Paulo informou, os deputados usaram fotos dos EUA para protestar contra os LGBT no Brasil, justamente para influenciar a opinião pública. Outras imagens divulgadas nada tiveram relação com a Parada LGBT e também não utilizaram verba pública. 

"(O deputado federal Marco) Feliciano, em seu perfil numa rede social, de forma leviana e mentirosa, publicou fotos duvidosas (pessoas quebrando imagens sacras, introduzindo o crucifixo no ânus), afirmando que os fatos expostos nas imagens ocorreram na parada do último domingo. No entanto, a única foto real da sua montagem foi a da trans crucificada. É claro que foi uma jogada suja para levar seus seguidores e a população geral ao erro de interpretação. Aproveitou do cenário atual em que tudo que 'caiu na net é verdade absoluta', na qual as pessoas compartilham de tudo sem a preocupação com a credibilidade".

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A organização declara que não sabia da manifestação de Viviany até o domingo (7), mas que apoia e a considera legítima. "A liberdade de expressão de livre manifestação está prevista na mesma Constituição Federal, que deveria nos proteger de tais agressões. Não agimos contra a Lei e o Ordenamento Jurídico vigente em nosso país. Mas tudo que foi feito tem ainda em seu texto o boicote aos patrocínios que tivemos, para tentar inviabilizar a realização das nossas próximas manifestações. Exigimos do Poder Judiciário Federal que estes parlamentares sejam investigados por incitação ao ódio e desrespeito explícito ao Estado Laico".

Sobre toda a polêmica em torno da "travesti crucificada", a nota informa: "A APOGLBT não considera a intervenção uma desmoralização aos cristão, como querem alguns. O que vimos foi o retratado do abandono que vivem as pessoas transgêneros no Brasil. A apropriação da crucificação não é algo inédito. (…) Outros movimentos, tais como o dos negros, indígenas, sem terra, já fizeram uso do simbolismo da crucificação para demonstrar a situação de fragilidade e nunca foi feito nada contra eles. Então, por que esse levante tão grande contra uma trans que fez isso durante a Parada? A resposta: LGBTfobia".

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