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Cássio Rodrigo, coordenador da diversidade sexual de SP, fala sobre o combate à Aids no município

No dia Mundial da Luta Contra Aids, conversamos com o coordenador da diversidade sexual de SP, Cássio Rodrigo, que falou da situação atual da Aids na cidade e quais ações o município está tomando para combater a doença. Como está a situação da epidemia de Aids na cidade de São Paulo? Segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde, a incidência de Aids está diminuindo em praticamente todas as regiões. Isso é o resultado do trabalho conjunto de várias entidades, públicas ou não, envolvendo as três esferas de governo, organizações não-governamentais e iniciativas privadas. Os homossexuais ainda são grupo de risco para a Aids? A noção de “grupo de risco” foi abandonada há muito tempo no caso da doença. Isso porque a Aids afeta a todos. Falamos hoje de “situações de risco”, que envolvem o sexo desprotegido, sem o uso de preservativos e a troca de seringas entre os usuários de drogas injetáveis. Quem é o grupo mais afetado pela Aids na cidade de São Paulo? O de homens brancos e heterossexuais. Os dados do último Boletim Epidemiológico de Aids mostram que, entre os homens, a principal forma de contágio pelo hiv é a prática de sexo heterossexual sem proteção (33% dos casos), seguida pela prática de sexo homossexual (21%) e bissexual (11%), sem o uso de camisinha. Entre as mulheres, 76% foram contaminadas pela prática de sexo heterossexual desprotegida. Em relação à cor, 55% dos homens e 53% das mulheres contaminados são brancos. Mesmo após o coquetel anti-hiv, ainda morre-se muito de Aids em São Paulo? A taxa de mortalidade por Aids na cidade está estabilizada em cerca de 9 óbitos por 100 mil habitantes. Entre os homens, porém, a mortalidade é mais que o dobro da observada entre as mulheres (13 contra 5 por 100 mil habitantes). Qual a importância da CADS no combate a doença ? A importância do envolvimento da Cads na luta contra a Aids é fundamental. Apesar de a doença não ser mais vinculada aos homossexuais masculinos como era no passado, sabemos que foram os gays que saíram na frente nas ações de prevenção. Portanto, é importante a Cads intervir positivamente nas ações de prevenção, cobrando inclusive a atuação do Poder Público. Foi essa primeira consciência que levou o Brasil a ocupar o destaque que possui hoje com seu Programa Nacional de Combate a DST/Aids.

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