A cena gay no universo das celebridades ferveu em 2011. Muita gente saiu do armário, outros falaram mal da classe. A seguir você relembra os babados do ano.
O verão trouxe à tona Luisa Marilac, que resolveu fazer algo de diferente na sua piscina em Madrid. A travesti causou pencas com seu fatídico vídeo e bombou geral na internet e na TV. A fala da morena acabou entrando até no roteiro da novela "Insensato Coração". Agora, no fim do ano, ela foi contratada pela Skol para realizar diversas ações, entre elas, um vídeo viral da marca.
No âmbito das subcelebridades, o ano já começou bem no BBB. Se em 2010 tivemos os gays bem demarcados com os coloridos, em 2011 tivemos dois gays, uma transex e uma bissexual, que estavam ali só por estar, assim como qualquer outro integrante da casa, sem distinção de grupos. Dessa forma, tirando Ariadna, que saiu precocemente, os outros saíram por seus defeitos e antipatias que criaram com o público e não por serem gays.
E também teve bafão dos bons. Cristina Mortágua foi presa após agredir uma policial. O motivo dela estar na delegacia? Ela bateu no próprio fiho. O motivo? Ele ser gay! Pois é, foi babado. O filho Alexandre é fruto do relacionamento da modelo com o ex-jogador Edmundo. Ao final de todo esse barraco, quem se saiu bem foi Alexandre, que fez bonito na mídia e se lançou como estilista.
Cristina, bem louca, na delegacia
Outra que bombou em 2011 foi a modelo Lea T. A trans conquistou seu espaço no mundo fashion numa carreira meteórica. O início foi em 2010, numa campanha da poderosa Givenchy. Mas foi em 2011 que ela estourou no mundo todo. Por aqui, ela causou furor na SPFW e no Fashion Rio, com status de top estelar. No Rio, desfilou pela Blue Man, só de biquininho e deixou toda a plateia em polvorosa. No mundo editorial também não foi diferente. Ela apareceu na capa da "Love" beijando a Kate Moss, pelada na "Vogue" Francesa e para encerrar o ano com chave de ouro, foi capa da "Elle" Brasil, belíssima!
O fato é que a androginia está mais na moda do que nunca. O modelo sérvio Andrej Pejic é outro exemplo disso. O loiro bombou nas campanhas e nas revistas. Ora posando como mulher ora posando como menino. Mas ele fica bem melhor de mulher. Por aqui, desfilou pela Aüslander no Fashion Rio, e também fotografou ao lado do modelo Zombie Boy, aquele todo tatuadão, para a campanha da marca. No fim do ano, foi eleito um dos homens de 2011 pela revista gay norte-americana "Out".
Silvetty Montilla e Dimmy Kieer continuaram galgando seu espaço na TV. As duas, ao lado de Amanda di Polly, ganharam um quadro no programa da Eliana no SBT. No "As Fadinhas Safadinhas", o trio promoveu transformações no público. Um homem descuidado ficou bonitão e um gay treinou para virar drag. Na estreia do quadro, o programa chegou a ter picos de 16 pontos, um recorde.
Jair Bolsonaro cansou de ofender os gays no ano que passou. Mas ele não merece espaço aqui. O que merece é a resposta que Marcelo Tas deu a ele no "CQC", após o deputado ofender mais uma vez a classe. Tas disse ao vivo que tem uma filha lésbica, Luiza, e que tem muito orgulho dela. Precisa de mais?
Já quase no fim do ano, o ator e galãzinho Caio Castro deu uma declaração desastrosa. Caio disse em entrevista à revista "Quem" que "é melhor ter fama de pegador, do que de viado". A frase, é claro, bombou na rede. Passado com a repercussão, Caio veio a púbico no seu Twitter se desculpar, dizendo "que tem muitos amigos gays". Ah tá! Pior foi Aguinaldo Silva, gay assumido e autor da novela em que Caio atua, que disse que o ator estava "certíssimo!".
Aguinaldo, aliás, causou bastante nesse ano. Se no passado ele foi um aliado histórico dos gays, já que editava o pioneiro "Lampião", agora, dá opiniões que causam um certo embaraço. "O fato é que os gays no Brasil entraram numa onda de por favor, nos amem, somos coitadinhos! Isso é detestável: fala sério!", postou no Twitter. Ele também já disse que é contra a lei que criminaliza a homofobia. Então, tá!
O ator norte-americano Zachary Quinto deu um exemplo de civilidade. Ele se assumiu por conta de uma causa mais que nobre. O moço saiu do armário em outubro desse ano, comovido com a história do adolescente gay Jamey Rodemeyer, que se suicidou por não aguentar o bullying que sofria. O ator considerou que o fato dele se assumir, sendo uma pessoa pública, pode contribuir de forma mais efetiva no combate ao preconceito e dar apoio a jovens gays que se sentem desamparados.
Zachary Quinto: além de gato, corajoso!
Marco Nanini não precisa dizer nada. É um dos maiores atores do Brasil. Ainda assim, em entrevista à revista "Bravo", ele falou tranquilamente sobre sua sexualidade. "Às vezes pintam uns namorados", disse ele. A notícia repercutiu horrores. Ele, sabiamente, disse que e nunca saiu do armário, porque nunca tinha entrado nele. Tá certo!
Com certeza, em 2012, os bafos vão continuar fortíssimos e você confere tudo aqui no A Capa!