Além da discriminação que já enfrentam diariamente em vida, os gays no Senegal também têm que enfrentar a homofobia depois de mortos.
Segundo o site africano Behind The Mask, foi por puro preconceito que um cemitério da cidade de Thies, a 70 quilômetros da capital Dakar, obrigou a desenterrar o cadáver do ativista homossexual Madièye Diallo. A direção do cemitério alegou que não poderia permitir um gay no local.
Um amigo do falecido, que pediu para não ser identificado, disse que a família de Diallo irá enterrar o corpo em um novo local, que não será revelado porque ela teme represálias. Ainda segundo o amigo, Diallo se converteu em ícone para a comunidade LGBT senegalesa após aparecer em uma foto participando de um casamento gay.
A cerimônia foi amplamente noticiada pela imprensa do país e o casal foi perseguido publicamente, o que os obrigou a fugir para o Marrocos e Estados Unidos. Aqueles que permaneceram no Senegal foram detidos e levados à prisão.
No Senegal, a homossexualidade é punida com mais de 5 anos de prisão.