A censura a livros nas escolas dos Estados Unidos está em ascensão, com um estudo da associação de escritores PEN revelando que a maioria dos livros banidos entre 2023 e 2024 apresenta personagens não brancos e LGBTQIA+. Este fenômeno é alarmante, com mais de 10 mil casos de censura registrados, a maior parte em estados governados pelo Partido Republicano, como os de Donald Trump. Os dados indicam que 36% dos livros censurados têm protagonistas não brancos, enquanto 25% incluem personagens LGBTQIA+, evidenciando um ataque direcionado a comunidades historicamente marginalizadas.
O estudo da PEN também desmente alegações de que os livros banidos seriam, em sua maioria, sexualmente explícitos, apontando que apenas 13% dos títulos removidos contêm descrições sexuais explícitas, e 31% apresentam cenas de sexo sugeridas. A maioria dos livros banidos, cerca de 85%, é de ficção, e 67% dos títulos censurados são direcionados ao público jovem.
Sabrina Baêta, gerente sênior do programa Liberdade de Leitura da PEN, destacou que essa censura é um ataque perigoso contra populações que já enfrentam desafios significativos. Ela enfatizou que a remoção de livros que refletem a diversidade da sociedade não só retira a representação de grupos marginalizados, mas também vai contra o propósito das bibliotecas, que devem abranger a vida de todas as pessoas.
Em um contexto mais amplo, a repressão à diversidade nas escolas e universidades públicas se intensifica, com ameaças de cortes de financiamento a instituições que não eliminarem iniciativas de inclusão. Essa situação demanda uma reflexão profunda sobre a importância da diversidade na literatura e o acesso à informação para todos, especialmente em tempos onde a representação de personagens LGBTQIA+ e não brancos é mais necessária do que nunca.
Quer ficar por dentro de tudo que rola? Dá aquele follow no Insta do Acapa.com.br clicando aqui e cola com a gente nas notícias mais quentes
