A recente decisão do presidente Donald Trump de censurar conteúdos sobre diversidade e inclusão nas Forças Armadas dos Estados Unidos, incluindo imagens do histórico avião Enola Gay, gerou grande repercussão. O Enola Gay, famoso por ter lançado a primeira bomba atômica em Hiroshima, no Japão, em 6 de agosto de 1945, foi batizado pelo coronel Paul Tibbets Jr. em homenagem à sua mãe, Enola Gay Tibbets. O nome foi inspirado por um romance que seu pai estava lendo na época de seu nascimento. Tibbets descreveu sua mãe como uma fonte de força e autoconfiança, especialmente durante momentos decisivos de sua vida, como a escolha de se tornar piloto militar.
O avião, que é um modelo Boeing B-29, não só se tornou um símbolo da história militar dos EUA, mas também carregou o peso de suas consequências, com a explosão causando entre 50 mil e 100 mil mortes instantâneas, além de um número incalculável de sobreviventes que sofreram com a radiação. Após sua missão em Hiroshima, o Enola Gay participou de outra operação, lançando uma segunda bomba em Nagasaki, e mais tarde foi utilizado em testes de armas nucleares no Atol de Bikini.
Após ser desmontado e armazenado por anos, o Enola Gay foi restaurado na década de 1980 e está atualmente em exibição no Museu Aeroespacial do Smithsonian, em Virgínia. Este avião não é apenas uma relíquia da história da Segunda Guerra Mundial, mas também um elemento central no debate sobre a memória histórica e as narrativas que moldam a compreensão do passado militar dos EUA. A remoção de sua imagem e história por motivos políticos levanta questões sobre como a sociedade lida com a diversidade e inclusão em contextos históricos e o impacto disso na compreensão da história militar e cultural do país.
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