O A Capa adiantou a criação do primeiro Centro Integral de Saúde de Travestis e Mulheres e Homens Transexuais no Rio de Janeiro, que foi anunciado durante a cerimônia de posse do grupo de Trabalho que vai elaborar o projeto.
O Centro Integral de Saúde, que funcionará a partir de 2014, ficará na sede Policlínica Piquet Carneiro, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), na zona norte da cidade.
“Iremos nos reunir nos próximos dois ou três meses para produzir um conjunto de diretrizes que vão orientar a produção do projeto de implantação do centro. Vamos trabalhar para ver as questões de estrutura física, aspectos de protocolo de atendimento, rotina de atendimentos, como integrar as diversas áreas da saúde e também incluir as perspectivas de cidadania porque é uma população totalmente discriminada”, afirmou Cláudio Nascimento, coordenador do programa estadual Rio sem Homofobia e superintendente da Secretaria de estado de Assistência Social e Direitos Humanos, à Agencia Brasil.
Segundo o reitor da UERJ, Ricardo Vieiralves, o Hospital Universitário Pedro Ernesto, na Vila Isabel, é um dos hospitais do Brasil que realiza a cirurgia de readequação sexual. No entanto, há uma grande demanda de atendimentos.
Fora isso, tratamentos hormonais irregulares, utilizados por transexuais e travestis, causam diversas doenças que necessitam de rápido atendimento. “Vários transexuais e travestis usam produtos inadequados. Isso significa, derivação de câncer, derivação de outros tipos de doença. Tem problema de ordem psicológica. Tem problema de reinserção no mercado de trabalho”, declarou Vieralves.
A ideia de criação do Centro Integral de Saúde de Travestis e Mulheres e Homens Transexuais é justamente para suprir essa demanda e atender as necessidades dessa população, classificada como a que mais sofre preconceito na sociedade, além de exclusão e discriminação no mercado de trabalho.
