O primeiro dia do "Encontro Regional Sudeste de Travestis, Mulheres Transexuais e Homens Trans", que ocorreu nesta terça-feira (16), contou com a 1ª Marcha pela Cidadania T, que tomou as ruas de São Paulo.
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Cerca de 100 ativistas – dentre eles, João W Nery, Agatha Lima, Márcia Rocha, Regis Vascon, Bárbara Aires, Gil Santos, Nicolle Mahier, Leonardo Peçanha, Luciano Palhano, Amara Moira, Bruna Benevides- se reuniram para marchar: "Sou trans, tenho o direito de ser quem sou".
O grupo se reuniu no vão do MASP, seguiu pela Avenida Paulista a caminho do prédio da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, onde ocorreu a abertura oficial. Gritavam: "Não sou homem, não sou mulher, tenho o direito ser quem eu quiser".
Durante todo o trajeto, as e os ativistas revezavam discursos em que davam visibilidade para questões como empregabilidade, assassinatos transfóbicos, mercado do sexo, uso de banheiros, direitos, retificação de registro civil e nome social. Quem passava, parava para prestar atenção, aplaudir e fotografar o grupo.
"A lei João W Nery (a lei de identidade de gênero) vai nos dar direito de ter um nome, porque nem isso nós temos um direito. Estas pessoas todas vivem oprimidas, vivem violentadas, todos nós somos pessoas que lutamos para sobreviver. Somos pisoteados", declarou João.
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"Faz parte da cidadania eu escolher a profissão que eu queira exercer. Precisamos lutar para acabar com o estigma que travestis e transexuais só servem para a prostituição ou cabeleireira ou subempregos. Nós temos o direito de trabalhar em qualquer profissão", defendeu Bárbara.
Ao chegar à frente da ALESP, a comunidade T parou e fez um minuto de silêncio por todas as pessoas que foram assassinadas vítimas da transfobia. "Que a morte dessas pessoas não tenha sido em vão e que possamos sempre lembrar. Este evento é um marco histórico na luta pela cidadania T", finalizou Nicolle.
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