Cantora revela esgotamento e medo de agorafobia após lidar com assédio e ser vista como vilã
Chappell Roan, a voz por trás do hit “Good Luck, Babe!”, tem vivido um turbilhão emocional desde que seu talento foi reconhecido globalmente em 2024. Aos 27 anos, a cantora enfrenta o lado sombrio da fama: a invasão de sua privacidade, o assédio constante e a difícil tarefa de ser compreendida pelo público.
Em recente participação no podcast Outlaws, Chappell abriu o coração sobre o esgotamento mental que a fama lhe trouxe. Ela revelou que o comportamento abusivo de fãs e paparazzi, que muitas vezes agem como se fossem íntimos dela, tem causado um desgaste profundo. A cantora refletiu sobre casos famosos como os de Britney Spears e Paris Hilton, que também sofreram com o assédio exacerbado, e apontou a necessidade de uma mudança na forma como as celebridades são tratadas.
O peso de ser mal interpretada
Chappell destacou que, ao tentar impor limites e dizer “não fale comigo desse jeito”, acaba sendo rotulada como “vilã” por parte do público. Ela questiona por que esse tipo de comportamento abusivo virou algo tão comum e lamenta que, mesmo com o reconhecimento de que as vítimas merecem desculpas, o ciclo de maus-tratos persista.
Medo da agorafobia e o limite da resistência
Mais do que uma reclamação, o desabafo da artista traz um alerta sobre sua saúde mental. Chappell teme desenvolver agorafobia, um transtorno de ansiedade que pode ser desencadeado por situações estressantes como ataques de pânico. Ela revelou que, caso continue a ser retratada injustamente e pressionada, pode desistir da carreira musical para preservar seu bem-estar.
“Você quer que eu chegue ao ponto em que eu fique com agorafobia? Ou tão estressada, ou tão ansiosa para me apresentar? Se eu não me defender, vou desistir porque não aguento mais isso. Não aguento mais pessoas me tocando sem que eu as conheça. Não aguento mais pessoas me seguindo”, desabafou com sinceridade.
Uma voz que pede respeito e empatia
O relato de Chappell Roan ecoa as dificuldades que muitas pessoas LGBTQIA+ e artistas enfrentam ao terem suas identidades e limites ignorados pela sociedade. Sua coragem em expor essa vulnerabilidade traz à tona a urgência de repensarmos nosso olhar e comportamento diante dos artistas que admiramos, valorizando sua humanidade acima da fama.
Ao compartilhar sua luta, Chappell não apenas reivindica respeito, mas também inspira uma reflexão sobre como o sucesso pode custar caro para quem não encontra apoio e compreensão. Que seu desabafo sirva de alerta para que o afeto e o respeito prevaleçam e para que nenhuma voz autêntica se sinta obrigada a silenciar.