“Che Guevara era homofóbico”. A afirmação foi feita ontem pela escritora cubana Zoé Valdés durante o fórum “Cuba, Revolução e Homossexualidade”, organizado pela Confederação Espanhola de Associações de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (COLEGAS) na Casa América de Madri, Espanha.
A escritora lamenta o pouco conhecimento que existe em torno da obra e vida do guerrilheiro argentino que segundo ela “aplica modelos de perfeição viril que condenam a homossexualidade, a bissexualidade e a transexualidade”.
Valdés falou para uma platéia composta de escritores, poetas, editores e políticos que discutiram em dois dias de debate temas como a homossexualidade em Cuba e a repressão que a revolução exerceu contra as minorias sexuais.
“É preciso conhecer os livros que ele escreveu e não o que se escreve sobre ele. É como colocar uma foto de Hitler sem saber quem é. É muito prejudicial para o mundo, foi e continua sendo”, garantiu a escritora.