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Chile: 82% dos moradores de Santiago não gostam de ver gays se beijando

Pesquisa divulgada esta semana no Chile mostra que, apesar de 77% dos moradores de Santiago reconhecerem que no país os homossexuais são discriminados, 82% deles não gostam de presenciar na rua manifestações de afeto entre casais gays.

Ainda de acordo com a pesquisa, que entrevistou 417 pessoas com idades entre 18 e 75 anos na região metropolitana da capital chilena, apenas 46% defendem uma lei que autorize a união civil entre gays e lésbicas. Esse número contrasta com outra realidade: 57% dos entrevistados são a favor de uma lei que regulamente a eutanásia em casos específicos.

"Imaginamos o tema da discriminação como um pirâmide invertida: reconhece-se um direito de forma abstrata, mas quando surgem situações mais concretas, a pirâmide vai se estreitando", disse Sergio España, diretor da pesquisa. E isso se reflete nos números: apenas 25% dos entrevistados são a favor do direito de homossexuais adotarem crianças.

Outro dado surpreendente, que revela ainda a resistência dos moradores de Santiago de aceitar os direitos gays: 48% daqueles que participaram da pesquisa não gostam de presenciar casais gays de mãos dadas nas ruas.

Campanha
Em maio, a principal ONG gay do país, o Movilh (Movimento de Integração e Liberação Homossexual), lançou uma campanha para pressionar pela aprovação de uma lei que autorize a união civil entre gays (as fotos acima e abaixo fazem parte do material).

A campanha gerou polêmica no país e teve outdoors espalhados por toda a capital chilena. Orçada em 8,5 milhões de pesos (cerca de R$ 3 milhões), a campanha contou inclusive com o apoio da Embaixada da Holanda.

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