A Justiça do Chile considerou culpados os quatro homens que espancaram e mataram o jovem Daniel Zamudio, de 24 anos. O crime aconteceu em 2012.
A vítima foi encontrada desacordada em um parque no centro de Santiago. Zamudio teve parte da orelha arrancada, o corpo marcado por símbolos neonazistas e ainda sofreu apedrejamento. O jovem foi levado até um hospital por onde permaneceu por 25 dias até falecer por morte cerebral.
Segundo o juiz, Juan Carlos Urrutia os quatro assassinos, Patricio Ahumada, Alejandro Angulo, Raul Lopez e Fabian Mora, tiveram uma atitude de "total desrespeito à vida humana".
O assassinato do jovem, que chocou o país, motivou o congresso a aprovar uma lei contra a homofobia e que pune crimes de ódio.
Ato em repúdio à homofobia foi realizado no Chile
"É típico de nós, chilenos, que um acidente tenha que acontecer para que possamos aprovar uma lei. Meu filho não vai voltar, mas neste caso foi bom para o Chile", declarou o pai de Daniel, Ivan Zamudio.
Os quatro acusados pela morte do jovem serão sentenciados no dia 28 de outubro e podem pegar pena de 8 anos à prisão perpétua.
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