Depois que seu pai, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), foi absolvido pelo Coneslho de Ética da Câmera dos Deputados, por conta de um dos muitos comentários homofóbicos que proferiu, Carlos Bolsonaro postou no seu Twitter: "CHuUuuuPA Viadada. Bolsonaro absolvido!!!! Viva a Liberdade de Expressão. Parabéns Brasil!" .
Eis que na última sexta (1), o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro entrou com uma ação civil pública contra Carlos, por danos morais difusos á comunidade LGBT. A ação estipula que o vereador da cidade do Rio pague um valor referente a 100 vezes o seu salário, que é de R$ 15 mil.
"A conduta causou danos morais a um número imenso, a rigor, indeterminado de pessoas, destinatárias que foram de suas preconceituosas e ofensivas declarações. A liberdade de dispor da própria sexualidade é um direito fundamental que emana da dignidade humana, cláusula pétrea", diz Rogério Pacheco Alves, promotor de Justiça e subscritor da ação.
O mais absurdo nessa história toda é que Carlos Bolsonaro é o atual vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro
"Ele precisa ser enquadrado. O cargo dele é para proteger os direitos humanos e não para violá-los", diz Cláudio Nascimento, coordenador do Programa Estadual Rio Sem Homofobia.
Procurado pelo jornal "O Globo", Carlos Bolsonaro disse que ainda não havia recebido notificação do MP sobre a ação. "Eu acredito na Justiça. Naquele momento foi quando meu pai foi absolvido na Câmara e antes eu tinha ouvido todo tipo de xingamento. Foi um momento de extravasar porque eles ficaram a ver navios", declarou.
