Cerca de 100 manifestantes participaram do Churrascão das Cabras no último sábado (8), evento que foi criado como forma de protesto a agressão do jovem André Baliera, que foi espancado em São Paulo na semana passada.
A manifestação foi realizada na esquina da avenida Henrique Schaumann com a rua Teodoro Sampaio, mesmo local onde o estudante foi agredido por Bruno Portieri e Diego Mosca.
“Só existe esta mobilização porque foi aqui”, disse o estudante, se referindo ao fato do local ser uma região nobre da cidade. “Agora, neste exato instante alguém está sofrendo a mesma violência que eu sofri em algum canto desta cidade e ninguém vai ficar sabendo”, completou o estudante de Direito.
Os participantes do protesto, gays e héteros, carregavam cartazes contra a homofobia e com a frase “somos todos André”. Quando os sinais fechavam, eles mostravam os cartazes aos motoristas, que respondiam com buzinaços.
Os manifestantes também pediam a aprovação do PLC 122, que criminaliza a homofobia. “Se o racismo é crime, por que a homofobia não pode ser? Por que essa hierarquização do preconceito?”, questionou Baliera, que é aluno da Faculdade de Direito da USP.
O estudante ainda gravou um vídeo de desabafo, após o advogado dos agressores declarar que ele estava se fazendo de “coitadinho”.
