A assembléia municipal da Cidade do México aprovou, por 43 votos a favor e 17 contra, nessa quinta-feira, 9/11, lei que legaliza a união civil entre pessoas do mesmo sexo. As medidas adotadas na Cidade do México seguem o modelo do novo código civil francês, que não permite casamento ou adoção de crianças, mas dão direito de propriedade, pensão, herança e direitos familiares. “Estas reformas serão como uma bola de neve que ninguém conseguirá deter”, afirmou David Sanchez, do Partido da Revolução Democrática e um dos poucos congressistas assumidamente gays. O projeto enfrentou forte resistência da ala conservadora da igreja católica. “É anti-natural. Eles estão indo em direção a algo que é contra a humanidade. Sociedades sempre caíram em decadência quando se permitiu a homossexualidade e a ruptura da família”, gritava um dos manifestantes do lado de fora da Assembléia. No México, 90% da população seguem a religião católica, fazendo com que o México seja o segundo maior país católico do mundo, perdendo apenas para o Brasil. Esta semana, o congresso mexicano iniciou debates para legalizar as uniões civis entre homossexuais.