No ano de 1990, no dia 17 de maio, a Organização Mundial de Saúde deixou de considerar a homossexualidade uma doença. Desde então, o movimento de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais tomou essa data para protestar contra crimes de intolerância. Pois, mesmo deixando de ser considerada uma doença, homossexuais ainda são vítimas de humilhação verbal e assassinatos provocados pelo sentimento homofóbico.
Para se ter uma ideia, 80 países consideram a homossexualidade crime e a punem com cárcere. Sete países aplicam a pena de morte aos homossexuais, são eles: Afeganistão, Sudão, Irã, Arábia, Saudita, Paquistão, Emirados Árabes e Iêmen. Alguns países condenam LGBTs a dez anos de prisão: Cuba, Nigéria, Líbia, Índia, Malásia e Jamaica. Já em Uganda e na Guiana, homossexuais pagam pela sua orientação sexual com a prisão perpétua.
Em nosso país podemos desfrutar de alguns avanços reais e muito significativos. Os estados do Pará, São Paulo e Rio de Janeiro contam com as suas coordenadorias. Também não podemos esquecer da prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT-CE), que tem se caracterizado pelo trabalho contra a homofobia e que nas eleições passadas foi vítima de uma campanha homofóbica e sexista contra a sua chapa. Mas a cidade reconheceu o seu trabalho e ela foi reeleita.
Tivemos as conferências estaduais e a nacional. Hoje o Governo Federal lançou o Plano Nacional de Políticas LGBT. Tudo isso é um avanço e coloca o Brasil em um patar digno de países desenvolvidos no que diz respeito a políticas voltadas para a diversidade e Direitos Humanos. Mas, infelizmente, quase que diariamente recebemos tristes notícias de LGBTs que foram vítimas, de alguma maneira, de homofobia.
Outra notícia ruim é que o PLC 122 amarga o seu quarto ano de gaveta e nada de votação. E o projeto de união civil? São 15 anos! Ou seja, ainda vivemos em um país pra lá de homofóbico. Sobre isso, a pesquisa da Fundação Perseu Abramo não deixa mentir: mais de 50% dos gays sofreram algum tipo de preconceito e mais de 90% da população têm algum grau de homofobia.
Portanto, a luta contra a homofobia no dia 17 de maio se mostra ainda necessária. E grupos do Brasil inteiro organizaram manifestações, palestras, passeatas e debates. Em São Paulo, na segunda-feira (18/05), acontece uma caminhada até a Câmara dos Vereadores. No Rio de Janeiro, manifestantes irão à praia e montarão com plantas a bandeira brasileira em memória de todos aqueles que morreram vítima da homofobia.
A seguir confira guia completo de todas as manifestações contra a homofobia ao redor do Brasil:
Acre
No dia 17 de Maio, o NUDICHO juntamente com a AHAC, Coletivo Cocar e a Comissão de Direitos Humanos da OAB/AC, farão uma exibição de um filme temático. Previsão de realização da I Semana de Direitos Humanos e Combate à Homofobia.
Para mais informações mande email para: nudichoufac@gmail.com
Alagoas
Maceió
As atividades serão realizadas dias 15/18 e 19 de abril. 03 palestras/debate voltada para adolescentes com o objetivo de ajudarmos na redução dos dados apresentado pela ultima pesquisa que diz que uma boa parte dos estudantes não aceitam, ou não se sentem bem em ter um amigo Gay na escola. Na oportunidade estaremos também divulgando os dados de agressões e mortes causadas pela Homofobia em nosso estado, como também a coleta de assinaturas em prol do PLC: 122/06.
Nil Correia – Coordenador do Aliadas/AL (ggal10anos@hotmail.com)
Mesa Redonda "Ações de Enfrentamento a Homofóbia", com representantes do governo municipal de Maceió e estadual de Alagoas, além de representantes de outras ONG LGBT.
(Dia 17 de Maio já é Lei Municipal em Maceió)
Miryan Muryelle, providatravestis@ig.com.br
Amapá
Programação da Semana de Luta Contra Homofobia GHATA/Núcleo Anti-Homofobia-UNIFAP / AGTEAP (Macapá, Amapá)
Domingo dia 17 de maio, 20 hs, Show Cultural LGBT / Batucada e distribuição de panfletos. Na Praça Zagury.
18/05 -Ato de Apoio a PLC.122. Local a definir
Terça dia 19 de maio Sessão Solene Pelo Dia Internacional de Luta Contra Homofobia, na Câmara dos Vereadores de Macapá com apresentação de projetos de Lei instituindo o calendário LGBT de Macapá.
Quarta dia 20 de Maio Conferência Livre de Segurança Pública Feminista e LGBT, na Universidade Federal do Amapá.
Dia 20, I – Encontro dos Professores da Rede Municipal de Ensino no Enfrentamento a Transfobia, homofobia, lesbofobia em Macapá.
(das 8:00 às 14:00s ).
Quinta-feira dia 21 Encontro Escola Sem Homofobia (AGETEAP/GHATA/NRAH)-(em estudo para realização), na Universidade Federal do Amapá.
Sexta dia 22 Seminário de Extensão Universitária LGBT, na Universidade Federal do Amapá.
Sábado dia 23 Curso Homoparentalidade, conjugalidades e novas famílias, na Universidade Federal do Amapá.
Amazonas
Manaus: Lançamento da Campanha Não Homofobia. A programação se estende em todos os shoppings da Cidade de Manaus.
16 e 17 de Maio: Manaus Plaza Shopping
Horário: 10h às 22h
23 e 24 de Maio: Manauara Shopping
Horário: 10h às 22h
Francisco Nery Furtado: 55 92 8801- 4640
skype: nerymao
nerymao@hotmail.com
Bahia
17/5: Atividades previstas pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), Associação de Travestis de Salvador, quimbanda-dudu de gays negros
Coletiva para a Imprensa com divulgação dos assassinatos de GLBT na Bahia, 1980-2009 e Representação ao Ministério Público e OAB para acompanhamento dos crimes não resolvidos pela Justiça (14/5, 5ª feira, 15hs). Exposição de fotos e cartazes na Sede do GGB sobre Homofobia na Bahia (14/5, 5ª feira)
Seção na Câmara Municipal Dia Mundial contra Homofobia
Leitura de Moção na Assembléia Legislativa da Bahia sobre o Dia Mundial contra Homofobia
Contato: luizmott@oi.com.br
Itabuna: o Grupo Humanus realizará no dia 15/05 um ato publico na principal Arteria da cidade de Itabuna, com fotos e matérias de assassinatos de LGBTs na nossa região,f aixas e cartazes durante o dia.
À noite uma sessão solene na Câmara de vereadores , onde autoridades e população convidada debaterão os efeitos da homofobia em nossa sociedade.Grupo Humanus, 73-88380524 , grupohumanos@yahoo.com.br
Ceará
Juazeiro do Norte: audiência pública com a presença de deputados vereadores e outras autoridades. Ao mesmo tempo já estamos enviando à Câmara Municipal o projeto de Lei para o Dia Municipal Contra a Homof
