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Cineasta Michael Moore cogita fazer filme sobre gays

Em entrevista publicada na última edição da revista gay estadunidense Advocate, o documentarista Michael Moore, o mesmo de Fahrenheit 11 de setembro e, mais recentemente, Sicko, falou sobre seu último documentário – que mostra os bastidores da indústria farmacêutica – sobre as pesquisas da cura da Aids e, claro, sobre direitos gays.

Moore declarou que temas envolvendo direitos gays, como a união civil, por exemplo, é bastante maduro para alguém como ele filmar. “Nós não chegamos lá, a homofobia permanece sendo uma das feridas abertas da nossa alma, e não estamos preparados para curá-la ainda", comentou.

Michael afirmou que ainda não está certo sobre o que fará em seu próximo filme, mas que não se acha no direito de falar para determinado casal que eles podem ou não se casar. Na entrevista, o documentarista revela que freqüentou o seminário quando cursava o ensino médio e afirmou: "Não há em nenhum lugar nos quatro evangelhos uma citação do termo homossexual por Jesus. A direita se apropriou do cara e o utiliza para atacar gays e lésbicas, quando ele nunca disse uma única palavra contra homossexuais. Qualquer pessoa que se diz cristão e faz isso certamente não está seguindo os ensinamentos de Jesus Cristo”.

Michael até brincou que pensar em Jesus o faz imaginar o que será que as pessoas falarão dele daqui a dois mil anos.

Na última pergunta da entrevista, o repórter Corey Scholibo afirmou o interesse da comunidade gay em ser documentada pelo cineasta. O documentarista foi um tanto ambíguo na resposta. “Ok. Mas isso não é algo que me atinge diretamente. Mas também são exatamente esses os tipos de filmes que sempre penso em fazer. Quer dizer, provavelmente eu tenho um dos melhores planos de saúde do país. Eu tenho um plano de seguro de saúde ridiculamente bom”, finalizou.

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