Menu

Conteúdo, informação e notícias LGBTQIA+

in

Circuit Festival chega à 4º edição com turistas do mundo inteiro e pencas de festas

A 4º edição do Circuit Festival rolou entre os dias 4 e 14 de agosto em Barcelona, na Espanha. O festival gay, o mais concorrido do verão europeu, reuniu milhares de fervidos em festas e mais festas.

Promovido pelo selo espanhol Matinée Group, o Circuit ganhou força e fama ao longo dos anos, e realizou em 2011 a sua maior edição, com 10 dias de evento. A fama do festival realmente é mundial. A maior parte do público é de turistas estrangeiros, de todas as partes do mundo. Além dos vizinhos europeus, Barcelona recebe moços da Ásia, Oriente Médio, Estados Unidos, Austrália e América do Sul.

Os brasileiros, então, compareceram em peso. Se a intenção é viajar para socializar com os gringos e dar um tempo dos ares nacionais, o Circuit não é uma boa pedida para isso.

O ritmo das festas é realmente intenso. As festas da noite são seguidas de afters e pool parties – para quem quiser, dá para passar os dez dias na pista. Um dos diferenciais com relação ao Brasil são as pool parties. No Circuit o povo se joga mesmo. A maioria usa sunga, entra na água, toma sol e aproveita a festa, coisa mais que rara em eventos do gênero nacionais.

Duas festas realmente chamam a atenção. Talvez justamente pela grandiosidade. A primeira delas é a do parque aquático, que foi realizada na terça (09/08). O parque onde a festa é realizada, o Illa Fantasia, tem uma estrutura muito bacana e o público aproveita bem as piscinas e os brinquedos. A festa abre às 10h, mas o som começa só às 15h, então dá para curtir o início do dia com calma, sem muita jogação. Depois que o som é ligado, o parque vira uma imensa pista de dança, com mais de 8 mil pessoas.

Os DJs aproveitam o clima diurno para fazer um som mais dançante, com hits e animação de sobra. Quando cai a noite, uma queima de fogos celebra o fim da primeira parte da festa, porque depois ela segue noite adentro num ginásio localizado dentro do parque.

Outra festa bombada é a festa principal, que rolou no sábado (13/8). A locação escolhida é um ginásio poliesportivo, que ficou com as arquibancadas e a quadra/pista abarrotadas de gente. A produção do palco foi grandiosa, com painéis e mais painéis de leds por toda a parte, que iam acendendo por partes ao longo da noite, além da performance de vários bailarinos e go-gos. O DJ Peter Rauhofer, principal atração da noite, não decepcionou e fez um set digno do tamanho da festa. Dispensável foi o show da cantora israelense Maya. Entediante!

Line up
O line up no geral não trazia grandes novidades, vários dos DJs do Matinée já vieram ao Brasil e quase todos os DJs convidados também já passaram por aqui. Destaque para os DJs brasileiros. A carioca Ana Paula tocou em duas festas. Assim como o DJ Paulo Pacheco. E Pacheco ao lado de Renato Cecin foram as estrelas da festa da The Week durante o festival, na sexta (12/8). A dupla mandou muito bem, sendo bastante aplaudida no fim da apresentação (e olha que não tinha só brasileiro aplaudindo não).

Entre os pontos positivos da organização estava o sistema de vendas de ficha de bebidas. As fichas compradas valiam para todas as festas, exceto para as do último dia. Para comprar as fichas e pegar as bebidas praticamente não tinha fila. Os ônibus que levavam o povo desde a praça Catalunya, região central da cidade, para as festas também funcionavam bem. Apesar da grande quantidade de pessoas, a espera na fila era pouca, mesmo em horários de pico. O valor cobrado de 5 euros para ida e volta também era justo.

O staff de modo geral era bem simpático e atencioso, dos meninos e meninas dos ônibus, passando pelos barmen até os seguranças, que sabiam muito bem como lidar com o público gay.

Mas o festival também deixa a desejar em alguns pontos. A produção dos eventos não é tão bem cuidada quanto a de muitas festas brasileiras. Os banheiros não atendiam a capacidade do público e eram sujos. As estruturas de luz e som de algumas festas também não eram boas. Algumas locações escolhidas eram bem sem graça, em clubes e espaços que não traziam nenhum atrativo. E o calor, em algum desses espaços, chegava ao insuportável.

O valor dos ingressos e das bebidas é bem caro. As entradas variavam de 25 a 60 euros para uma única festa. E uma garrafa de água de 300 ml custava 6 euros. As festas acabam cedo, às 6h, e algumas acabaram antes do horário previsto pela organização.

Em resumo, o Circuit é um festival bacana, as festas têm ótimo clima, de celebração mesmo, e reúnem pessoas do mundo inteiro, o que sempre é um atrativo muito interessante. Mas não pense em encontrar nada muito incrível e inacreditável, principalmente quando comparado com as festas e a infra que temos no Brasil. Ah sim, tem os moços. O festival recebe muitos lindos!

Abaixo você confere um vídeo da festa do Water Park.


O palco poderoso da Main Party

Sair da versão mobile