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Claudia Wonder lança CD transgressor e bem-humorado

FunkyDiscoFashion. Este é o nome do primeiro CD da diva underground Claudia Wonder, que acaba de ser lançado. Este também é um conceito, ou, melhor dizendo, a classificação mais cabível ao estilo das músicas do álbum.

Electro, misturado com rock, com anos 80, com barulhinhos animados e um som que lembra um pouco Montage, um pouco Santa Claus e um pouco NoPorn, no entanto, não dá para confundir Claudia Wonder.

Cheio de atitude, o álbum começa com o hit Atendimento, no qual Claudia interpreta uma garota de programa dizendo o que faz e o que não faz na cama. Poderosa, a trans disseca a vida noturna através da faixa Mulher do Balcão, que vem a seguir. Na letra, a tal mulher do balcão “toma champanhe e bebe pinga com limão, fica com Luiz e também beija o João”. Que atire a primeira pedra quem nunca vivenciou algo assim.

O disco continua com FunkyDiscoFashion, que tem clima de música pra fazer dancinhas absurdas, bêbado na pista d´A Lôca. Em Funk da Frígidam, a letra trata de alguém que está querendo, mas tem dificuldades para gozar. Sexy!

Saltos é daquelas para demonstrar poder e fetiche. Experimente caminhar sobre alguém com saltos e você vai entender. S.O.S é música de amor e crise existencial pra dançar. Resultado de uma parceria com Laura Finocchiaro, que também participa da faixa Travesti, uma da mais provocantes do álbum.

Ursinho Misterioso é uma das melhores canções do disco na opinião deste repórter que vos escreve. Uma vez, Claudia contou que compôs essa música quando estava apaixonada. Esta versão está mais pesada e diferente da que estava disponível no Myspace de Claudia até pouco tempo. Mas ficou ótima também.

Diva da Dúvida tem um quê de NoPorn e tem uma das melhores letras, é cheia de referencias e ainda afirma “a verdade do que sou não está no RG”. Blá blá blá é um pouco lenta e tem uma pegada anos 80.

O release diz que a versão de Claudia para Besame Mucho lembra o imaginário de Pedro Almodóvar. Sou obrigado a concordar, lembra mesmo. Travesti mostra o lado mais politizado e, por quê não?, provocativo da diva. Ela quebra tabus ao mostrar claramente quando um homem casado dá em cima dela: “Não me chame de madame sem saber o que diz, eu não sou uma dama eu sou travesti”.

O CD termina com Wonder, uma balada conceitual e tranquila, dando ao disco, que é tão pista, um clima mais lounge. Seguem também dois remixes, de Atendimento e de A Mulher do Balcão.

Se estiver aberto, o que você vai encontrar nesse CD são grandes porções de bom humor, boas doses de transgressão e um som moderno, incrível e divertido.

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