Como já vem sendo informado por analistas sociais, antenados e vanguardistas de plantão, a década de 90 se prepara para ser revista, revisada e ampliada. O período 2010-2020 deve ser marcado por um resgate dessa que foi uma década bastante insólita. Entre outras coisas, gerou o movimento clubber, que em São Paulo teve como útero o famoso clube Nation.
Então, já se antecipando a esse resgate noventista, a Nation decide ressuscitar. A casa existiu entre 1988 e 1990, sediada no porão de uma galeria na Rua Augusta, lado Jardins. E foi ali mesmo que aconteceu a estreia dessa nova fase.
Na noite de quarta (10 de agosto), a Nation reviveu, capitaneada por um de seus mais ilustres filhos: o DJ Mauro Borges. Mauro comandou a noite, trazendo para a discotecagem frequentadores e DJs do clube original. Estavam lá MauMau, Claudia Assef, Johnny Luxo, Edu Corelli, entre outros. Ida Feldman, uma das hostesses originais da Nation, também reassumiu seu posto.
Também deram o ar da graça figuras emblemáticas da noite paulistana de ontem, hoje e sempre: Maria de Los Angeles, Duílio Ferronato, Marcelona, Vítor Ângelo, Eduardo Schuetze, Heitor Werneck, Salete Campari, André Pomba, Renata Bastos, Brunno Almeida…
O som homenageou o melhor do que se tocou na época áurea: "Vogue" com Madonna, Deee-Lite, Blondie, C+C Music Factory, entre outros clássicos e algumas obscuridades.
Foi uma noite que resgatou o glamour, o charme e a irreverência que pairavam no cenário daquele início dos 90 – um clima que, obviamente, se perdeu nos dias de hoje, quando muitas noites caem na mesmice. A ideia de Mauro e cia. é instalar a Nation periodicamente no espaço, às quartas-feiras – quinzenalmente ou mensalmente. Que assim seja. A noite paulistana só teria a ganhar com esse revival.
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