A diretoria do Paissandu Atlético Clube, no Leblon, foi acusada de discriminação pelo vice-cônsul da Suécia no Rio de Janeiro, Stefan Martinsson. Ele teve negado o pedido de inclusão de seu companheiro, Washington Carlos Silva, como dependente. “Em 20 anos no Brasil, nunca vi tanto preconceito”, disse Stefan ao jornal O Globo. Bastante tradicional, o Paissandu é sucessor Rio Cricket Club, um clube fundado por ingleses na capital carioca em 1872. O diplomata é sócio do clube desde 1993 e vive há 13 anos com o advogado. Os diretores disseram que a legislação brasileira não reconhece a união homossexual. Na Suécia, ao contrário, o casamento civil entre gays é permitido desde 1994. E uma lei que autoriza cerimônias nas igrejas será levada em breve a referendo popular. Depois da decisão conservadora, a diretoria do Paissandu ainda quis parecer politicamente correta. Ofereceu a Washington, companheiro de Stefan, a oportunidade de entrar para o clube seleto como sócio titular.