Aconteceu hoje pela manhã, no Teatro Raul Cortez, no prédio da Fecomercio, a coletiva de imprensa da 15ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo.
Com presença de autoridades – entre elas a senadora Marta Suplicy (PT), o deputado federal Jean Wyllys (PSOL), o prefeito Gilberto Kassab (PSD) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) – , e membros de organizações da sociedade civil o encontro serviu para ressaltar os avanços dos direitos LGBT e também de palanque para protestos contra o Congresso Nacional.
Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Transgêneros (ABGLT), cumprimentou o Supremo Tribunal Federal pela aprovação da união estável homoafetiva e criticou a bancada religiosa por tentar barrar projetos para LGBT no Congresso. "Nós não queremos destruir a família de ninguém", falou o ativista, que estava acompanhado do companheiro, David Harrid.
A senadora Marta Suplicy (PT-SP) disse que o Congresso se "apequenou" frente às questões gays e até agora não fez "nada" para a comunidade LGBT. Suplicy destacou ainda que a aprovação da união homoafetiva pelo STF é uma "conquista extremamente importante", para depois acrescentar que a dificuldade de aprovar o PLC 122, que criminaliza a homofobia no país, acontece devido à pressão dos fundamentalistas, que ainda precisam ser convencidos da necessidade do projeto.
A cantora Preta Gil protagonizou um dos momentos mais descontraídos da coletiva. Animada, Preta se apresentou para os jornalistas presentes, dizendo que, assim como a Parada, também estava "debutando". Num tom mais sério, a cantora disse que a causa LGBT também é dela, porque ela é vítima de preconceito por ser mulher, negra e bissexual.
Jean Wyllys aproveitou para agradecer Preta Gil por ela ter participado ativamente das discussões em torno dos direitos gays e acrescentou que "é importante que pessoas públicas emprestem seu prestígio à causa dos homossexuais".
Show de encerramento
Em nota, a APOGLBT confirmou que está cancelada a apresentação da cantora Wanessa, que estava programada para acontecer no final da Parada.
"A decisão de suspender o show partiu da Prefeitura da Cidade de São Paulo, através da empresa São Pulo Turismo S/A (SPTuris), que alegou não dispor de verba suficiente para financiar a infraestrutura necessária. Outra justificativa foi dada pela Polícia Militar do Estado de São Paulo, que afirma não ter o contingente adequado para garantir a segurança do público", explica trecho da nota.
Sem o show, a Parada deve terminar por volta das 18h.