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Coletivos LGBT Reivindicam Direitos e Proteção no Dia Internacional da Visibilidade Trans no México

No último domingo, coincidindo com o Dia Internacional da Visibilidade Trans, coletivos LGBT organizaram uma significativa marcha nas ruas da Cidade do México, exigindo direitos básicos como moradia, saúde, emprego e segurança para a comunidade trans. O evento, que começou no Senado mexicano e percorreu a avenida Reforma até o Zócalo capitalino, contou com a participação de cerca de 200 pessoas.

A marcha não apenas reivindicou direitos, mas também denunciou a alarmante frequência de crimes de ódio contra mulheres trans no México, destacando-se como o segundo país no mundo com o maior número de tais crimes. De acordo com os dados apresentados, no início de 2024 foram registradas pelo menos cinco mortes de mulheres trans, somando-se a um total de 17 no primeiro trimestre do ano.

Azul Picone, uma artista plástica que participou do evento, fez um apelo às candidatas à presidência, Claudia Sheinbaum e Xóchitl Gálvez, para que priorizem e defendam os direitos humanos de todas as minorias. A ativista Diana Sánchez também se manifestou, enfatizando a necessidade de a comunidade trans exigir igualdade de tratamento e aproveitar o momento político, especialmente com as eleições presidenciais aproximando-se em 2 de junho.

Em resposta aos crescentes desafios enfrentados pela comunidade trans, foi proposta a Lei de Direitos para as Pessoas Trans em México, também conhecida como Lei Integral Trans. Esta legislação visa assegurar uma série de direitos frequentemente negados devido à violência e discriminação de gênero. Durante a marcha, alguns ativistas também destacaram sua mensagem pintando trechos das ruas com as cores da bandeira trans: azul, rosa e branco.

O Centro de Apoyo a las Identidades Trans (CAIT) relatou que, entre 2007 e 2022, foram registrados 590 assassinatos de pessoas transgênero no país, uma média preocupante que, se mantida, colocará o México à frente do Brasil em número de assassinatos de pessoas trans.

Essa mobilização não se restringiu à capital; eventos semelhantes ocorreram em vários estados mexicanos, incluindo Puebla, Campeche, Colima e Nuevo León, demonstrando uma união nacional em prol do reconhecimento e proteção dos direitos trans, marcando a luta contínua desta comunidade por justiça e igualdade.

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